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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O Homem Desconhecido

O Homem Desconhecido
Eduardo Potiguar

Existe um tempo onde não se mede
Horas nem minutos e nele apenas se
Sente que as coisas não estão nada bem,
Porque a gente sente saudade do que não
Viveu, sente desejo pelo que não se provou,
Sente tristeza pela perda ainda não consumada.

Nesse espaço imensurável a única coisa que viaja
São nossos pensamentos, refletidos numa desilusão
Pela vida que é consumida pelo melancólico desejo
De sumir.

E em um determinado instante procuramos ser a
Mais insignificante das criaturas, passando
Despercebidos como insetos que perambulam
Por trás das paredes numa vida paralela a nossa
E que, no entanto, não alteram nossa rotina.

Hoje me senti assim, um nada, um vazio, uma dor
No peito que todos desprezam e que gostariam dela
Se livrar...

Hoje me senti assim,um soldado entregue ao front
Para ser o primeiro a levar um tiro que vai abrir-lhe o peito,
Deixando gravado seu nome na placa do memorial
Da praça, mas que a história jamais citará seus feitos
Nas páginas de um livro.

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