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sábado, 16 de novembro de 2013

Um tiro no pé

Um tiro no pé
Por Wanderley Nunes


UMA PALAVRINHA SOBRE UM ASSUNTO CHATO QUE PROCURO EVITAR FALAR:

Foi um erro fatal da Globo, um verdadeiro tiro no pé. Pegaram um autor que escrevia folhetins das seis e das sete (sendo que esse nem foi tudo isso, Morde & Assopra) e jogaram para o horário nobre, tudo porque ele REESCREVEU uma novela Gabriela e deu certo às 23hs. 
Comparando com a carreira do João Emanuel Carneiro: começou como colaborador e quando assumiu uma novela como autor deu certo. Da Cor do Pecado, onde ele foi premiado como autor revelação, em sequência vieram: Cobras e Lagartos, A Favorita, A Cura e Avenida Brasil.
Agora leio as críticas, e se assisti cinco capítulos do lixão das oito foi muito. Walcyr busca elementos em outros autores para tentar sair da lama ou por pirraça mesmo (ele e Agnaldo Silva não se dão, ele pega o Caio Castro, colocou como médico e com uma namorada chamada Patrícia, quase igual a Fina Estampa de Agnaldo Silva, com dois detalhes diferentes, na do Agnaldo ele era estudante e não vagava pelado pelos estúdios). A mais nova pirraçinha dele será o truque da escada. 
Gilberto Braga e Silvio de Abreu abusam do "Quem matou?", é uma característica deles. 
Agnaldo Silva tem seu estilo, antes era com as novelas ambientadas em alguma cidade imaginária nordestina e quando mudou para outro estilo ficou perdido, mas acabou acertando em Senhora do Destino. Tanto que ele abusou disso em Fina Estampa e colocou a Teresa Cristina empurrando as pessoas da escada e agradecendo a personagem Nazaré Tedesco que fazia o mesmo.
Manoel Carlos então, usa e abusa das suas Helenas envolvidas em confusões familiares e tendo sempre o Rio como cartão postal, mais especificamente o bairro do Leblon.
Esse autor de Amor à Vida não tem a marca dele ainda, e, não conseguiu fazer isso com essa novela, ele tinha tudo pra isso e meteu os pés pelas mãos na euforia de escrever "A MINHA NOVELA" como ele mencionou um dia pra mim. Ele esqueceu que quando a novela vai ao ar, não é mais dele e sim do público, e se o público não aceitar, já era. Agora é tentar se segurar pegando referências de outros autores, e rezar para o povão não perceber que em tal novela fulana fazia a mesma coisa e acabar mudando de canal e procurando algo novo. O que seria a porta de entrada dele, pode ser a de saída.
Isso porque eu não comentei aqui o preconceito contra os gays que, outros autores vem trabalhando para ser aceito pelo público ao longo dos anos; e ele vem e detona tudo, aí não satisfeito parte pra cima dos gordinhos, negros, etc. 
Dizem que haverá a possibilidade de ter um personagem com HIV na história, vamos ver como ele tratará o tema que é e deve ser abordado de forma delicada.
Gente minha opinião é baseada em fatos que leio e vez ou outra que ouço alguém dizer: "Nossa o que é aquilo?"

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O Cachorro

O Cachorro
Por Wanderley Nunes


Ontem quando eu estava indo para a casa da minha prima, eu já estava no quarteirão dela quando de encontro a mim veio um cachorro enorme, parecia essas raças de corrida ou labradores, não, labrador não; ele era maior. Falei com ele como se fosse uma pessoa, ele me olhou e eu não segui, parei em frente a ele.
Nos olhos ele me pedia um carinho, passei a mão na sua cabeça e ele aceitou de uma forma que, parecia que eu era seu dono.
Continuei ali alisando aquele cachorro que, se me atacasse eu não estaria aqui escrevendo esse relato. Nos olhos dele tinha doçura e pedia carinho o tempo inteiro; logo em seguida veio uma conhecida, ele não deu a mínima pra ela.
Ele me acompanhou até a casa da minha prima, como se fosse um dever dele.
E lá em frente fiquei olhando pra ele e esperando minha prima abrir o portão, olhei para aquele cachorro, enorme no porte, mas doce nos olhos e na atitude, parecia querer brincar comigo.
Eu prevendo uma atitude dele e sabendo que se acontecesse ele me jogaria ao chão, sem a intenção de me machucar e sim para brincar, eu disse: "Moço, não vai pular em mim!".
Terminei de falar e ele continuava com aquele olhar doce e pedindo mais afagos, quando ele levantou e colocou as duas patas em mim ficando de pé, eu só disse não seu doido e olhei a minha roupa ele não tinha sujado.
Ele continuou ali me olhando e pedindo carinho, minha vontade foi pegar aquele grandão e levar pra casa, mas ele tinha que me acompanhar até lá e esperar a minha prima abrir o portão pra mim. Era o seu dever. Era ser o meu guardião.
Queria ver aquele cachorro grandão de novo.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

E se eu pudesse me visitar no passado

E se eu pudesse me visitar no passado

By Victor Ferreira

                        Foto do Arquivo Pessoal do Autor do Texto


Então eu poderia tê-lo dito um monte de coisas. Poderia dizer a combinação de um bilhete premiado (ainda que, se eu me conheço bem, meu ceticismo me impediria de aproveitar a dica), poderia tê-lo dito que o Papai Noel não existe (se bem que ainda não estou muito certo disso), poderia tê-lo aconselhado a aprender desde cedo a tocar um instrumento (o que me pouparia de perder muito tempo - e sem sucesso - anos mais tarde tentando), ou poderia avisá-lo sobre não construir preconceitos, (no futuro não existe mais espaço pra isso, e o Ele-adulto passará muito tempo tentado se corrigir).

Mas entre tudo que eu poderia dizer pra ele, se eu tivesse que escolher uma só coisa, eu teria dito: aproveite.

Aproveite sua juventude porque ela não dura pra sempre e com o tempo surgem às responsabilidades das quais nós não podemos nos esconder. Você pode ser um pirata hoje, mas amanhã (- isso é uma figura de linguagem) será um adulto. E um dia é melhor do que o outro, não se preocupe.

Aproveite as pessoas (e seus animais, até porque alguns deles são muito melhores do que a maioria dos seres-humanos que você vai conhecer), pois, infelizmente, elas não são eternas. E você só vai se dar conta de quanto elas fazem parte de você e do quanto você depende delas quando elas se forem.

E aproveite suas amizades, seus relacionamentos, as camaradagens e gentilezas. A vida é curta demais pra perder tempo brigando e no fundo mesmo todo mundo sai derrotado.

É isso, Vitinho, aproveite..

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Vem


Vem
Por Wanderley Nunes


Vem, teu desejo é imensidão,
É um pecado, rasgado,
Selado por um beijo em vão.

Vem, me procura no teu passado,
Um resto, um pedaço,
Do amor destroçado,
Dedicado anos em vão.

Vem, me busca nos teus sonhos,
Me encontra ali parado,
Perfeito sem pecado,
Quase imaculado,
Tão seu então.

Vem, me deixa ficar,
Me deixa te amar,
Me deixa na tua vida enraizar
E no teu coração morar.

Vem, me dá sua mão,
E vamos sem rumo e sem planos,
Viver o amor em outro plano,
Sem diferenças, sem engano.

Vem, vem ficar,
Vem o nosso amor eternizar.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Menina...


Menina...

Por Wanderley Nunes
(Poema dedicado à Bianca Ximenes, a Menina mais doce que eu conheço)


Menina,
Eu te encontrei perdida,
Eu nem sabia se tinha feridas,
Eu me apaixonei pelo teu jeito inocente,
Eu nunca te vi de forma indecente.

Menina,
Foi chegando sem querer,
Assim sem jeito, meio sem graça,
Foi entrando aos poucos,
Sem identificação ou solicitação.

Menina,
Alegre e travessa,
Nunca pareceu indefesa,
Nunca me mostrou tristeza.

Menina,
Eu na minha distração,
Fui andando em nem percebendo,
Que aos poucos num loteamento,
Uma casa ia se erguendo.

Menina,
Teu nome eu não esqueço,
Teu rosto eu conheço,
Tua voz eu desconheço,
Tua presença?

Menina,
Continuei sem perceber o que ocorria,
Naqueles finais de semana,
Naquelas tardes que tinham,
Tudo para serem vazias.

Menina,
Do nada eu na minha monotonia,
Esperava ansioso por aquela tarde,
Que já não era tão vazia,
E cada vez mais doce transparecia.

Menina,
Eu te esperava,
E não tinha noção de que estava diante,
De alguém que,
Dentro do meu coração já estava.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Você...


Você...
Wanderley Nunes


Madrugada adentra e o sono não vem,
Você aparece na minha tela,
Não entendo porque mexes tanto,
Com o pouco que ainda restou da minha imaginação.

Penso em te roubar,
Penso em te sequestrar,
Penso em te prender aqui,
E descobrir porque me faz refletir.

Quero entender porque você vai
No fundo de buscar o resto do meu ser
Porque tem que sempre vim mexer
Com o pouco que ainda restou.

Olho sua foto, seus olhos,
Ali tem um mistério que eu,
Quero descobrir, penso em você,
Você se despede e eu continuo pensando
Por que mexe com meu ser?

Labirinto


Labirinto
Wanderley Nunes

                                           

Eu queria criar um texto ou um poema que marcasse
Assim como sua beleza faz,
Eu queria palavras que na sua alma ficasse.
Mas toda vez que penso me perco
Nos mistérios escondidos dentro dos teus olhos
E me desconcentro,
Perco-me,
Você me aperta o cerco.
Não acho o caminho de volta.
É um labirinto cheio de mistérios,
Onde nos perdemos tentando achar a saída.