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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Um cara apaixonado, uma vilã e uma desnorteada Parte ll

Um cara apaixonado, uma vilã e uma desnorteada
Parte ll 
Por Wanderley Nunes 

 Bom, estou aqui novamente indignado postando o segundo comentário a respeito da situação do meu amigo. Eu não consigo entender mais nada, não sei o que anda acontecendo com as pessoas em geral, nesse caso as mulheres. É complicado tentar entender os motivos pelos quais uma garota fica fazendo de um homem apaixonado um brinquedo, meio que um joguinho, será que ela ainda não percebeu que um dia ele pode cansar de tudo isso? Estranho, mas enfim, não vou passar o meu tempo todo tentando entender a mente de uma garota, nunca saberemos o que se passa por lá. Só queria ressaltar aqui que, tem uma música cantada pela Isabella Taviani chamada Recado ao Tempo. Nessa letra ela menciona um cara que fala do seu amor para uma mulher, e ela o recusa, ele implora, não pede nada em troca e continua se humilhando pedindo o amor dela; e ela simplesmente ignora todo aquele sentimento e segue em frente. Ele fica com feridas abertas, sentimentos que o marcam, mas enfim, um belo dia o tempo passa e tudo nele cicatriza; e ela que seguia seu caminho, acorda e percebe que rejeitou um grande amor e percebeu o quanto foi cega, mas já era tarde, ele já não estava mais lá esperando por ela. Conclusão, um belo dia meu amigo vai cansar disso tudo, vai conhecer um novo amor, essas feridas que ela cisma em cutucar vão cicatrizar e ela vai acabar sozinha parada no vão; e eu simplesmente estou torcendo por isso, pois ele não merece esperar tanto por o amor de uma garota que parece inerte, que pega o amor dele e alimenta o ego dela. Simplesmente isso é falta de visão, se ela percebesse o quanto sentimento ele guarda por ela e deseja colocar pra fora, mas ela ainda continua cega. Cada vez mais eu continuo na minha dúvida, só não sei se ele vai esperar por ela muito tempo. Não vou aqui colocar as qualidades dele, pois vocês podem achar que estou querendo anunciar meu amigo pela net ou até mesmo vendê-lo (até que não seria uma má idéia), enquanto o mercado pra algumas anda escasso, reclamação da maioria das mulheres que vivem chorando as pitangas pelos cantos, para outras tudo anda bem e elas persistem em desprezar o amor de um cara apaixonado. Quando a minha amiga descompensada, desesperada atrás de um namorado, meu Deus nem quero pensar nela.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Um Cara Fora do Normal

Um Cara Fora do Normal 
Por Wanderley Nunes 

Desde que conheci esse menino 
Sempre notei que ele era especial 
Uma pessoa rara 
Com qualidades fora no normal. 

 Aos poucos fui entendendo 
Que ele era mais que especial 
Mais que fora do normal 
Ele era natural. 

Hoje paro e entendo
Porque depois de tanto tempo 
E uma amizade com tão pouco contato 
Sempre me lembro dele ao meu lado.

Menino aquele que hoje é um homem 
Que entra no coração do outros 
Sem pedir licença e sem aviso 
Quando vemos, já estamos invadidos. 

Ele é assim, 
Uma pessoa Natural 
Um amigo Especial 
Um cara fora do normal.



 Texto dedicado ao Cristiano.

domingo, 28 de novembro de 2010

Hoje Decidi Esquecer Você


Hoje Decidi Esquecer Você
Por Wanderley Nunes

Hoje decidi vim até você
Já não sabia mais o que fazer
Muitos sentimentos guardados
Muitos beijos sufocados.
Dentro do meu coração
Só a vontade de ter.

O tempo foi passando
Meu coração seguia sangrando
Meus olhos te procurando
Meu peito apelando
Meu corpo gritando,
Mas nada de você.

Hoje penso no quanto sofri
No quanto eu morri
Penso no quanto vivi
Penso no quando deixei de viver
No quanto sonhei com você
Sempre esperei por você.

Hoje não sei quem você é
Não sei o que você quer
Não sei o tamanho do meu querer
Não conheço mais o seu rosto
Já não me lembro das curvas do teu corpo
Já não sofro tanto, aquele amor está morto.

Hoje estou aqui
Pra te mostrar que sobrevivi
Pra te provar que hoje já sei sorrir
Não preciso mais esperar
Já não preciso mais te amar
Segue seu caminho e não olhe pra mim
Hoje decidi esquecer você.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um cara apaixonado, uma vilã e uma desnorteada

Um cara apaixonado, uma vilã e uma desnorteada
Por Wanderley Nunes

Eu ultimamente tenho pensado muito, e geralmente quando isso acontece farpas vão ser distribuídas pra algum (a) infeliz, só que hoje não, a minha cutucada é nas mulheres em geral, o que anda acontecendo com elas?
Poderia ser até uma espécie de coincidência ou mesmo vocês me dizerem que, o que eu estou escrevendo é inspirado no programa que vem passando na Globo “Afinal o que querem as mulheres?”, mas não, nunca assisti a esse programa e particularmente eu prefiro “As Cariocas”.
Voltando ao nosso foco principal, eu ando muito curioso com o público feminino, não sei o que anda acontecendo, mas o personagem de hoje tem nome, endereço e identidade, só que ele não é o vilão e sim a vítima delas. Meus textos quase sempre são produzidos com uma boa dose de critica pra alguém, no qual o nome nem se quer é revelado, mas hoje sinto muito tenho que deixar o nome do inspirador desse texto aqui, seria desleal com quem me acompanha. Rafael.
Que tipo de viagem alucinógena anda passando o público feminino. Sinceramente, não sei mesmo. Esse meu amigo é um cara totalmente do bem, com boas intenções (nem tantas), enfim esperando por uma garota, que simplesmente faz de conta que não o enxerga e quando o enxerga, é só pra manter ele por perto. Crueldade isso.
Diabos, se ele fosse um vagabundo, daqueles garotos que ficam com uma e com outra, que não daria bola pra essa indivídua? Ela simplesmente estaria aos pés dele; e digo mais, apaixonada como uma moçinha de novela, só que ela segue a linha “não estou nem aí pra você” e ele não segue a linha nenhuma, está apaixonado, querendo colo, pedindo pra ela olhar pra ele, dar carinho, etc.
Diante disso eu penso: “Caracas a menina tá diante de um cara que quer dar amor a ela, e a idiota, burra fica jogando com ele.”
Outro dia eu estava conversando com uma amiga e ela me revela que estava muito carente e que precisava encontrar um cara legal. Pensei: “poderia apresentar os dois, mas não posso ainda. Ele esta afim da nossa vilã de plantão”. E mais nessa mesma conversa ele me fez outra revelação, a de que estava num shopping e viu dois caras se beijando em plena presença das pessoas, se beijavam sem o menor pudor. Resumo disso: ela me solta mais uma: “Wander, ainda existem homens? Estou preocupada com o que vem acontecendo com os homens, como faço pra saber se um homem é homem?” Confesso que quando ouvi isso acabei soltando uma gargalhada daquelas.
Voltamos ao nosso herói. Ah, detalhe, mencionei essa minha amiga só para vocês terem uma noção de como está à cabeça de algumas mulheres hoje. Eu fico ainda pensativo, esse meu amigo todo apaixonado ou pelos menos com intenções de dedicar um sentimento bom a essa vilã, e é deixado de lado hora sim e hora não. Minha amiga preocupada perguntando-se, e quando ela encontrar um homem qual a orientação sexual dele. Mas o fato é, quando elas encontram um homem de verdade fazem dele brinquedo, joga com os sentimentos dele. Continuo me perguntando, o que anda acontecendo com a classe feminina, claro que, não podemos generalizar, nem todas as mulheres são assim, mas dois exemplos básicos: uma vilã e uma desnorteada.
Poderia deixar isso aqui muito mais apimentado, mas fico por aqui indignado com essa garota que não enxerga um palmo a frente do nariz, com meu amigo que está sofrendo por amor.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Vida

Vida
Eduardo Potiguar

Vida louca a do poeta,
Do artista de rua,
Do anônimo transeunte
Na madrugada.

Vida louca
Que passa tão rápido,
E quando se vê, já não se vê.
Sente-se o que já se foi
“Saudade”.

É tudo um sonho
Do que se viu no passado,
É um sentimento presente
Que aos poucos se vai.

São fragmentos,
Retalhos de colchas,
Conchas largadas
na beira da praia,
cuspidas pelo mar.

Não tem explicação
Nem deveria ter,
Se vir e vê
Já é para crer,
Porque viver não se explica,
Vive-se,
Eterno na mente,
Eternamente
Ou até onde puder.

domingo, 31 de outubro de 2010

Onde esse país vai parar?


Onde esse país vai parar?
Por Bruno Estrela Bessa


Tenho pena de gente que se acha a mais politizada de todas e ainda se refere a pessoas relacionadas à política como se fossem algum ídolo ou qualquer coisa parecida. O típico "fã surdo" que ignora as extremas desafinadas e considera os defeitos que as pessoas (ou até a imprensa) aponta como mera intriga da oposição. Mesmo quando no fundo no fundo elas sabem que são verdades.

Tenho medo das consequências da falta de discernimento da maioria da população brasileira. População que em Big Brother premia o cara mais filho da puta, população que já elegeu Collor, que vota no Tiririca, população que acha que o cara que trabalha tem que pagar imposto pra sustentar quem não trabalha nem nunca trabalhou. Como se quem recebesse esse dinheiro fosse quem realmente precisa. Essa terra é mesmo dos "espertos"! População que se faz de coitada, pois mesmo os que fizeram faculdade, que têm uma vida digna, se rotulam como pobres e apontam os outros nas mesmas condições (porém com opiniões diferentes) como gente que se acha milionária. População que fala mal do desonesto, mas não hesita em aproveitar uma oportunidade de se dar bem mesmo que prejudique outra ou outras pessoas. (Não se faça de patriota e diga q isso é mentira.. quem é brasileiro conhece o povo com que convive).

E o pior é saber que essas pessoas "super politizadas" a quem me referi se sentem superiores, mais informadas, mais dotadas de bom senso...Inclusive fazendo agressões diretas e pessoais a quem tem opinião diferente..

Já que é assim, toma que o filho é teu! Lavo minhas mãos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Lembrança

Lembrança
Eduardo Potiguar


O beijo doce,
O doce,
A mesa posta,
O ultimo clipe da Paula,
A poesia,
O verso da Ana,
A sua alegria.
Hoje eu me lembrei de você.

O canto triste,
O suspiro de nostalgia,
E a nossa magia?
O por do sol no rio,
O Rio e sua folia,
Hoje eu me lembrei de você.

Os anos passando,
A saudade,
O lugar vazio,
O mundo e o desafio,
Mas hoje eu me lembrei de você.

Perdoa-me

Perdoa-me
Eduardo Potiguar

Esta é a minha dor.
Sinto muito, mas você não pode sentir isso,
Sinto muito, mas tudo é desejo meu.
As lágrimas e os medos
São meu universo
E isso me pertence.

Esta é a minha dor
E eu não vou compartilhar com você
Porque você não a merece,
Porque você não a construiu
E todos os arrependimentos são só para mim.

Perdoa-me quando
Você me deu o seu amor,
Mas eu estava tão descuidado
E não o aceitei.

Perdoa-me
Quando você abriu um sorriso
Mas eu preferi ficar com a tristeza
Dos meus sentimentos.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Teu Sorriso

Teu Sorriso
Eduardo Potiguar

De tudo o que
Tenho para lembrar,
É do teu sorriso
Que mais sinto saudades.
Ele foi o reflexo
Das coisas vividas,
Do amor, do sexo e dos
Sentimentos compartilhados
E sendo assim,
Foi o ultimo sinal
De que foram momentos
Inesquecíveis.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Lembrança

Lembrança

Eduardo Potiguar


O beijo doce,
O doce,
A mesa posta,
O ultimo clipe da Paula,
A poesia,
O verso da Ana,
A sua alegria.
Hoje eu me lembrei de você.

O canto triste,
O suspiro de nostalgia,
E a nossa magia?
O por do sol no rio,
O Rio e sua folia,
Hoje eu me lembrei de você.

Os anos passando,
A saudade,
O lugar vazio,
O mundo e o desafio,
Mas hoje eu me lembrei de você .

sábado, 25 de setembro de 2010

Ele não está a fim de você

Ele não está a fim de você
Gabito Nunes


1. Caso você se enquadre em alguma afirmação abaixo, palavra de homem: ele não está a fim de você.

2. Se você acha este post generalista e taxativo demais, que as coisas não são bem assim, parabéns, você é mais esperta que todos os homens e todas as mulheres e todos os presidentes que escondem armas nucleares. Ou o mais tapado dos seres vivos. Recomendo que nem leia, apenas siga sua intuição e seu coração.

Ele diz que o trabalho tem ocupado muito do seu tempo.
Ele diz que traumas do passado o impedem de ficar comigo.
Ele diz que tem medo de se envolver.
Ele diz que não faz o tipo de cara que se apega.
Todos os nossos programas se resumem à cópula, invariavelmente.
Ele evita me apresentar à sua família ou me dizer onde mora.
Ele nunca me liga, ou faz algum tipo de contato comigo.
Quando está comigo ele fica demasiadamente calado e ele é nada tímido.
Ele não anda de mãos dadas comigo em público.
Ele fala sempre que gosta de mim, mas suas atitudes não condizem.
Ele diz que estamos atravessando fases de vida diferentes.
Ele diz que precisa ajeitar algumas coisas na vida antes de engatar um relacionamento.
Ele não abre mão de passar todo sábado à noite com os amigos dele.
Ele está indeciso entre eu e outra menina.
Ele diz que gosta de mim, mas que não sabe demonstrar esses sentimentos.
Ele nunca me chama no MSN e quando eu o chamo, não responde e diz estava fora.
Ele evita me ver quando estou menstruada.
Ele diz que não me merece, que eu sou boa demais pra ele.


"Se você acha este post generalista demais, parabéns, você é a mais esperta de todos ou o mais tapado dos seres vivos.”

Uma Mente Carente

Uma Mente Carente
Por Wanderley Nunes


Tenho pensado muito durante esses dias, aliás, eu detesto pensar, sempre que faço isso sai merda.
Continuando, tenho analisado algumas coisas e descobri que existem pessoas que tem duas, três e até quatro caras. E no meio dos meus pensamentos vem a seguinte pergunta: O que leva um ser humano a interpretar um personagem pra outra pessoa ou até pra si mesmo? O que leva uma pessoa contar ou até mesmo inventar histórias para várias pessoas de formas diferentes com o pretexto de que essas pessoas acabem se desentendendo? E mais, no final o moçinho é que saiu inventando as histórias e jogando uns contra os outros.
Eu sinto em dizer isso, mas tenho dedo podre pra algumas coisas, mas esse dedo podre me fez aprender muita coisa, uma delas foi a me aproximar do meu algoz e descobrir tudo dele, até mesmo como funciona sua mente doentia, e aos poucos deixar ele acreditar que domina e me conduz por um universo onde só imperam as suas mentiras.
Isso é cruel. Criar mentiras e as espalhar com intuito ver surgir desavenças, ódio, decepções, etc. Fazer com que, todos os envolvidos confiem e acreditem apenas nele, o moçinho “bonzinho” com cara de “bonitinho”, mas que não passa de um “diabinho” inventando e criando o seu “inferninho”. Tem pessoas que são assim infelizmente e não podemos correr delas, pois, elas demoram a deixar a máscara cair.
Escrevendo isso, me lembrei de duas personagens muito bem criadas pelos seus autores: a Flora (Patrícia Pillar) em A Favorita de João Emmanuel Carneiro, que era boazinha, confundiu todo mundo até ser revelado seu verdadeiro caráter; mas a que mais está se encaixando nesse texto é a Ivone (Letícia Sabatella) em Caminho das Indias de Glória Perez. Essa ultima era descaradamente uma psicopata, uma mente extremamente perigosa que armava várias situações, iludia, enganava, seduzia e conseguia tudo o que queria, sempre saia como a boazinha da história, a vítima. Nesse caso especifico do meu "personagem" não chega a ser uma Ivone da vida, mas parece que ele fez um cursinho com ela e desistiu na metade do caminho, pois se esqueceu de algumas aulas básicas, mesmo que esse meu “personagem” tente colocar uns contras os outros, ele se esqueceu de um detalhe, apenas um detalhe que ele parece não conhecer, aliás, nenhum psicopata conhece essa palavra: AMOR.
Quando duas pessoas se amam, seja amor de mãe, filho, irmãos, homem, mulher, amigos, não importa qual o tipo de amor, mas, quando ele existe, em algum momento as pessoas se aproximam guiadas por esse sentimento que ainda é puro e desconhecido da algumas mentes e esclarecem tudo, todos os mal entendidos, todas as histórias criadas, todas as fantasias forjadas, tudo é demolido.
Então aqui vai um aviso básico meu amigo ou minha amiga. Fique bem atento a quem te cerca e as coisas que te contam, mesmo que, elas pareçam ser mais verdadeiras possíveis, pois elas podem ser apenas histórias criadas por uma mente doente ou até mesmo por uma mente carente.
Não vamos aqui destruir meu “personagem”, ele pode simplesmente sofrer de uma carência extrema que, chega ao ponto de querer a amizade daquela pessoa só pra si. Só que isso não justifica nenhum dos seus erros.

Jay Vaquer - Boys Don't Cry

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Rota de Colisão

Rota de Colisão
Eduardo Potiguar

Tudo escuro nesse túnel
Sem saída, sem ar,
Numa rota de colisão.

E dentro de mim
Tudo se consome,
Um vazio, uma dor,
Um lamento.

A culpa de não ser,
De não poder e desejar,
E agora só resta
Fingir, se iludir
E aos poucos se matar.

domingo, 8 de agosto de 2010

Hoje Me Fez Lembrar Você

Hoje Me Fez Lembrar Você
( Dedicado à Wander )


Hoje ao amanhecer, me fez lembrar você

Hoje na inspiração, me fez lembrar você

Hoje na mais bela canção, me fez lembrar você

Hoje a música que tocou no rádio, me fez lembrar você

Hoje ao rever minhas velhas fotos, me fez lembrar você

Hoje ao admirar meu “Audi A4 Prata”, me fez lembrar você

Hoje ao lembrar de você pude perceber, que jamais poderei lhe esquecer



Liliam Chapela


P.S.: Estou muito, mas muito feliz mesmo de minha amiga ter escrito esse poema pra mim, nem sei se mereço, mas fiquei muito feliz.

domingo, 11 de julho de 2010

Hoje Eu Quero Falar...


Hoje Eu Quero Falar...
Por Wanderley Nunes

Eu fico aqui com os meus “botões” fico pensando: sou um bom ouvinte, sou compreensivo (compreendo até as coisas mais incompreensíveis), sou conselheiro (aconselho até o que não sei aconselhar), sei apaziguar alguém que está desesperado, mas por que quando o assunto sou eu, ninguém quer me escutar?
Quem estiver lendo este texto pode achar: “Nossa como ele é convencido!”. Posso lhes garantir que não sou. Só que, o que mais me surpreende é quando eu preciso falar, quando eu preciso definitivamente desabafar, ninguém aparece por perto, e quando aparecem, começam a me ouvir, mas na primeira pausa que eu faço para respirar arrastam a conversa para elas e para os seus problemas, e lá vou eu mais uma vez insistir no mesmo erro. Ouço, aconselho, entendo e não sou entendido.
Será que as pessoas se esquecem de que eu sou humano? Será que elas não percebem que dentro do meu peito tem sentimentos, tem sofrimentos como qualquer ser normal. Desculpas, mas eu não tenho vocação para ser super-herói por 24 horas, até mesmo o Clark Kent tem seu momento humano.
Pombas! (nossa essa é do tempo da minha avó) Eu só quero às vezes poder ser ouvido, poder dizer as mesmas coisas que eu digo quando as pessoas me contam algum tipo de problema pelo qual está passando. Isso parece impossível para as outras pessoas, não sei se, é total falta de atenção ou se assustar em sabe que aquele rapaz que sempre ouve, fala, calmo, sereno também tem problemas como qualquer outra pessoa e que ele precisa ser ouvido. Ou talvez pensem que os problemas delas tem mais peso do que os meus. É nessa hora que tenho medo de está sendo egoísta e colocando os meus problemas na frente, deixando as pessoas de lado, mas o complicado é que eu estou sempre ali, pronto pra ouvir, custa um dia me ouvir? Sei lá, vai entender.
Ah! Enfim não vou ficar tentando entender as pessoas que não sabem ouvir o próximo.
Só sei que hoje eu quero falar...

Procurei Um Caís

Procurei Um Caís
Wanderley Nunes

Hoje eu procurei um caís
Não encontrei nada demais
Vazio
Frio

Hoje procurei um porto
Encontrei incompreensão
Falta de atenção

Hoje eu procurei um ombro amigo
Fui taxado de chato
Me senti chato
Segui meu caminho acabado

Hoje eu poderia procurar muitas coisas
Mas nada eu queria
Só alguém pra me ouvir
Conversar
Dar risada

Que pena não encontrei
Da net nada sei
Não conheço ninguém
Só letras que formam palavras
Que formam frases
Que tem um sentido

Mas quem é na verdade meu amigo?
Meu caís, meu porto seguro.
Um monitor frio e sem sentimentos.
Não quero mais ninguém pra me tirar desse tormento.

Cotidiano de Um Quase Amor

Cotidiano de Um Quase Amor
Wanderley Nunes

Já não sei mais onde você termina e eu começo
Já não sei mais se o meu desejo me pertence
Ou te pertence
Onde terminamos?
Onde começamos?
Onde paramos?
Que parte da nossa história vai ser publicada
Que parte da nossa intimidade vai ser resguardada
Que cena da minha existência você entrou
Você me roubou e nem mesmo me avisou
Sou seu ou sou meu?
Sou?
Percebo que nossas coisas já não tem mais sentido separadas
Sinto que nossas vidas não combinam mais desligadas
Na história não conjugamos mais o verbo separação
Seria até uma maldição
Não te ver
Não te ter
Não te sentir
Não existir
Mas o que mais me deixa confuso
É esse quase amor
Que mais parece um absurdo.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

domingo, 27 de junho de 2010

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Carta do Adeus


Carta do Adeus
Diene Seixas & Wanderley Nunes


Vejo tantas coisas, lembro de cada uma. São tantas palavras não ditas, tantos sentimentos sufocados, tantos gritos silenciados... desejo morto aos poucos. E eu me perguntava aonde vou te encontrar, quando vou te deixar entrar e percebo que essas respostas hoje já não me importam, pois minha vontade, absoluta, é te deixar de fora. Desculpa, mas a minha vida não está aberta à visitação pública e entram apenas restritos convidados.

Sinto muito, mas você perdeu sua vez, deixou o tempo passar, sufocou o meu tempo de te amar. Os caminhos são outros, os desejos são novos e junto vem um novo rosto, uma nova voz, um novo cheiro de pele, ou não! Não estou te substituindo, apenas te excluindo. Já não consigo mais lembrar e muito menos pensar em você e quando, por motivos que não saberei explicar, acontece, minha reação é inconsciente, mas chega a ser física: náusea.

Quis viver esse amor, mas você simplesmente o atolou na lama do esquecimento. Lá você irá permanecer e não chegará a ser nem mesmo uma lembrança, nem doce e nem amarga. Só sei te dizer que seu tempo passou, seu convite expirou, o seu rancor que me maltratou é sua única companhia. Ame-o! O meu amor, por ser único e maduro, percebeu que já era hora de dizer adeus.

Desculpa mais uma vez, mas me esqueça, suma, não me faça te querer mal, só não te quero perto de mim. A nossa história, resumida nesse seu olhar, é como uma cicatriz que meu coração carrega. Essa cicatriz para mim é um troféu, representa a vitória de uma guerra que foi travada. Doeu, mas não dói mais.

Adeus, desculpa e obrigado, hoje claramente percebo que estar sem você é o melhor que me poderia acontecer.

Ventos e Sonhos

Ventos e Sonhos
Eduardo Potiguar


Esse é meu mundo João!
Feito de ventos e sonhos,
Não sabe ainda por quê?
Eu tenho sonhos João,
Mas os ventos
Levam-nos para longe.

Porém eu sou valente,
Digo até que persistente e
Jamais vou me entregar.

Continuo sonhando todo dia,
Todo santo dia,
Mesmo com os ventos a soprarem.

Amanhã pegarei a jangada
E me lançarei ao mar, vento soprando,
Vela aprumada,
Rumo ao meu sonho em alto mar.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O IDIOTA E A MOEDA

O IDIOTA E A MOEDA
Arnaldo Jabor



Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.

Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.

- Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda”.

Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.

A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.

Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.

Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.

O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente.


Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação.

Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam... é problema deles.

domingo, 23 de maio de 2010

Obra Mediunica Psicografada


Obra Mediunica Psicografada
Ligia Neves

Paris, 24 de Outubro de 1858.
Querida Amiga Madeleine,

Logo que acordei pela manha, tive a impressão de estarmos juntas novamente.
A saudade logo veio a apertar-me o coração com grande desejo de vê-la, de relembrarmos momentos felizes que passamos juntas; momentos esses presentes em minha memória com eterna descrição.
Posso lembrar-me do jardim onde nossa infância e nossa adolescência permanecem como um álbum de família em minha memória.
Posso tambem inalar o perfume das flores que faziam parte de nossas brincadeiras infantis, onde decorávamos nossas vestimentas e nossos cabelos como se fossem um grandioso jardim.
Como posso esquecer-me das nossas diferenças, onde eu sempre mais acanhada me corava logo com tamanho atrevimento ao sairmos ao bosque; você sempre com tanta alegria e espontaneidade despia-se facilmente ao adentrar-se no pequeno lago próximo a Colina.
Como não lembrar das noites que quando não podíamos estar compartilhando juntas contando as estrelas, sabia o que você certamente estava a pensar e vice-versa.
Ah! Querida Amiga Madeleine, como me esquecer dos doces encantos que você despertava a todos, com sua coragem, determinação, sensibilidade e confiança.
Sempre lhe admirei por essas tantas habilidades, pois que muito quisera atribuir-me esses predicados e com tamanha surpresa você sempre me dizia que cada um era como deveria ser, com seus erros e tantos outros predicados.
Tamanha era Nossa Amizade, que espelhava-me no seu ser, procurava agradar-lhe dizendo sempre tamanha admiração que sentia por ti.
Nossas vidas foram separadas se assim posso dizer, desde que despertamos pela primeira vez o interesse por um mesmo objetivo, no qual terrível sofrimento nos arrebatou.
Desde então, nossas vidas foram tragicamente apunhaladas pelo destino, se assim posso descrever.
Minha Grandiosa Amiga, nunca poderíamos imaginar um dia tamanha artimanha da vida; por as nossas vidas tomarem rumos por demais tortuosos,onde meu coração clamava por vingança e por onde eu andei derramei lagrimas de sangue eternas pelo remorso.
Como poderia imaginar que nossos corações fossem clamar pelos olhos do mesmo rapaz, e quando a disputa foi longínqua demais, segui meu caminho para que o seu se abrisse ao longo do horizonte.
Não quis mais espelhar- me em você, deixei de contar as estrelas e de vez tentei por tempos não mais relembrar de nossa infância, nossa adolescência, enfim, nossas vidas.
Hoje comigo trago a tristeza contida no meu semblante sofrido.
A minha vida não foi tracejada com tais regalias que a sua foi presenteada.
Minha vida me passa como lances repentinos contidos em minha memória.
E com lagrimas e com um grandioso aperto em meu coração que tenho remorso por não ter ido ao seu encontro quando você mais zelo necessitava.
Tamanha minha revolta me fez repudiar tamanha ingratidão.
E hoje Minha Amiga, necessito de cuidados, cuidados esses que um dia você clamou por mim, negando- me a atende-la, deixando que meu coração machucado se fechasse perante ti.
E com tamanha amargura que me vejo nesse leito, mas e com muito Amor que assim lhe escrevo.
Peco te desculpas por não ter te assistido, imploro perdão por deixar que meus sentimentos tivessem tal importância que acabasse sendo maior que A Nossa Amizade.
Mas e com muita esperança e plena convicção que em qualquer lugar que você esteja,nossos corações estarão sempre unidos pela Marca de Uma Grande Amizade.

Com Carinho,
Catherine

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Amizade ou Amor?


Amizade ou Amor?
Wanderley Nunes


Sinto que te amo
Sei que te chamo
Não estou aqui por engano.

Não reclamo desse amor
Não o escondo mais de mim
Quero você mais que a mim.

Não sei se sou amigo
Não sei se sou seu pior inimigo
Mas sei que você é meu abrigo.

Te amo e sempre te quis
Quero ver você feliz
Mesmo que eu seja infeliz.

Só quero ser feliz
Sei que você é meu caminho
Insisto em seguir sozinho.

Negando esse amor
Tentando não sentir rancor
Na esperança de uma chance.

Na espera de um relance
Na dúvida que me assola a alma
É amizade ou amor?

Preciso


Preciso
Wanderley Nunes
(Poema inspirado numa conversa com Ligia Neves)

Preciso de um poema que saia de dentro da alma
Preciso de um poema que fale de um amor com calma
Preciso de um poema que fale de um amor virtual
Preciso de um poema que fale de um amor casual.

Preciso de você presente
Preciso te ter aqui
Preciso de te amar assim
Preciso de um sentimento sem igual.

Preciso não olhar mais pro oceano
Preciso não pensar na distância que nos separa
Preciso não te ter apenas nas minhas fantasias
Preciso não te ter mais no mundo dos meus sonhos.

Preciso não te amar mais só pela escrita
Preciso te amar pela palavra dita
Preciso te ter de corpo e alma
Preciso não precisar te buscar nos meus pensamentos.

Preciso não analisar o que vai no meu interior
Preciso não lembrar que meu coração sente dor
Preciso não lembrar do contato da pele, cheiro, carne
Preciso não lembrar que minha alma arde.

Preciso te dizer uma coisa que eu sei
Preciso ter essa amizade para todo sempre
Preciso te dizer que o carinho já se faz presente
Preciso entender que algum dia o amor pode acontecer.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

DEPOIS DA FAMA


DEPOIS DA FAMA
Eduardo Potiguar

Como você acha que vai ser
e o que vai acontecer quando
eu for importante?

Vou te negar o acesso,
A minha foto tem preço,
E meu autografo não vai
Num pedaço de papel!!!

Você bancou minha fama,
Agora fique na lama,
Porque eu tenho o poder!

E não adianta chorar,
Eu vou te esnobar, pois
Não existe ídolo bonzinho,
Todos querem é seu dinheirinho
E ir pro castelo de CARAS de
Jatinho só pra poder ostentar.

Eu não era assim, já fui tímido
E desconhecido, mas minha sorte
Mudou pelo destino e hoje
Encontro-me aqui cercado de Luzes
E glória a espera da minha Próxima
Trama, para faturar um pouquinho mais.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Paraíso Aqui




O Paraíso Aqui
Autor: AFS
Poema dedicado a Ligia Neves


Paraiso na Terra pode até não existir,
Mas eu teimo em insistir,
Não só no falar mas no agir,
Até meu Anjo eu descobrir.

Descobrir um anjo que me seja tão humano,
Que esteja sempre comigo e não me dê o cano,
Que tenha da vida pro futuro um plano,
Mas que seja sensivel como um toque de piano!

Delicada como a harpa ao tocar,
Sendo sempre sincera ao falar,
Que me critique quando eu exagerar,
Mas diga de verdade, se me amar!

Construa assim comigo na Terra o Paraiso,
Me entenda quando eu estiver liso,
Que tenha e que me faça perder o juizo,
Disposta a ser, enfim, meu chão onde eu piso!


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Aconteceu

Aconteceu
Eduardo Potiguar

Aconteceu!
Pegou-me de surpresa,
Enrubesceu,
Deixou-me sem jeito
Esse jeito seu,
Devagarzinho foi se chegando
Procurando um canto
Ao lado meu.

Aconteceu!
Lembro-me o tempo todo,
Se não é seu...
Onde estou? Quem sou eu?
Então vou criando, fantasiando,
Vou aguardando o que não é meu.
E de repente já me perguntam...
O que está esperando tanto?
E prontamente eu lhes respondo...
Ansiosamente outro beijo seu.

domingo, 25 de abril de 2010

Apenas Timidez


Apenas Timidez
Kid Abelha
Composição: Paula Toller/ George Israel


Eu sei que eu poderia estar falando alto ou gritando
Soltando a minha voz aguda e rouca pelo ar
E sei que poderia agora estar cantando Mostrando a todos como é bela a minha dor

Confesso entretanto que sou incapaz
De anunciar assim o que eu sinto
Prefiro esperar sozinho por você
Pois só você entende o que eu digo

Eu bem que poderia freqüentar todos os bares
Tentando exorcizar um pouco o que sofri
Andar de mesa em mesa
Tropeçando e bebendo
Chorando e contando a minha triste estória
A quem quisesse ouvir

Confesso entretanto que sou incapaz
De jogar fora assim as minhas lágrimas
Prefiro dormir sozinho no quarto
Talvez eu esteja bem melhor ao acordar

Não pense que é covardia
É apenas timidez
Só me serve a sua companhia

Eu sei que eu poderia estar vivendo um romance
Escrevendo a cada dia uma página da minha futura biografia
E até que poderia também tentar um suicídio
E assim saciar a sede de sangue da humanidade

Confesso entretanto que sou incapaz
De exibir assim minhas marcas nos jornais
Prefiro deixar o tempo passar
Quebrando uns pratos até você chegar

Não pense que é covardia
É apenas timidez
Só me serve a sua companhia

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Olhar Fixo É Estar Longe

OLHAR FIXO É ESTAR LONGE

do livro "O Amor Esquece de Começar"
Fabrício Carpinejar

O que as mulheres pensam; não há como dizer o que as mulheres pensam. Posso dizer o que a minha mulher pensa, e ainda assim correr o risco de pensar por ela. Pensar por ela não é desejar com ela.

As mulheres não são uma única mulher. As mulheres amadurecem conforme a intensidade da descoberta. Cada infância será uma velhice diferente; cada adolescência, uma revolta diferente. Cada paixão conduzirá a boca a abrir de um lado. Cada ventre exigirá uma dilatação distinta. Cada cheiro mudará a palavra.

A mulher não procura ter tempo para cuidar do tempo, procura o tempo para consumi-lo. O que fazer com o tempo que não foi gasto? O tempo perderá o valor se não for utilizado.

O homem que fala para todas as mulheres não fala para nenhuma. A impessoalidade é superficial como o inferno. É um erro repetir a mãe na esposa, repetir a esposa na amante, repetir a filha na neta, repetir amores como se não existisse diferença. A vida é confronto, não se conforma com tréguas.

Uma mulher não suporta a idéia de ser igual a todas; ninguém suportaria. As mulheres não são unânimes; são discordantes entre si.

Quantos idiomas morreram pela crença de que as mulheres são uma única mulher?

Uma mulher é porta onde se via parede, é vidro onde se via espelho. Assemelha-se a um livro líquido. Não há como emprestar ou guardar. As páginas mudam de inopino sua numeração. Não há como fixá-las e marcar os parágrafos. É para ler tudo no momento, pois amanhã será outro livro e autora. Não se lê a água; a água escreverá sobre as mãos. A corrente fria e a quente se alternam, as estações se provocam e se completam.

Ainda não se compreendeu que o mundo não é separado por classes e gêneros. O mundo é misturado para que o detalhe se imponha. Nem tudo pode ser dividido entre banheiro feminino e banheiro masculino. Não existe conversa de mulher ou papo de homem. O fogo não pergunta o sexo para alumiar, a árvore não pergunta o sexo para dar sombra, o mar não pergunta o sexo para correr.

A mulher só é estrangeira com o homem dentro dela.

Toda Manhã

Poema lido por Ana Carolina em um Show:
TODA MANHÃ
do livro "O Amor Esquece de Começar"
Fabrício Carpinejar

A você, que tem um porta-retrato do filho ao lado do computador, com folhas atoladas na segunda gaveta, que não acredita em nada mais para não forçar a esperança a acreditar em você, que entrou neste livro talvez por acidente ou por curiosidade, que mal passou os olhos pela primeira linha e viu que não era com você, peço que fique mais um pouco para descobrir realmente que não é com você. Nada disso é com você; e tudo pode vir a ser. É com você, que nunca está satisfeita com a altura da cadeira, mas também não sabe como girar a manivela, que diminui os passos para escutar o bambu plagiando a chuva, que falo.

A você, que gostaria de ser mais percebida, mais elogiada, mais viva, que ninguém nota o vestido novo, o cabelo cortado, que chega ao trabalho pensando que causará outra impressão, e o espaço vai repetindo o dia anterior.

A você, que cuidou dos irmãos pequenos, que comprava cigarro para o pai e leite para a mãe, que teve que pular a janela para sair com os amigos.

A você que não está satisfeita com o emprego, com os hábitos, com o número das calças, com o guarda-roupa, com o guarda-chuva, que espera as próximas férias como um domingo prolongado, que gostaria de dormir mais e ser penteada pelo vento antes de acordar.


A você, cheia de expectativas, que se diplomou e pensou que tudo estaria resolvido, que se casou e pensou que tudo então estava pronto, que teve um filho e pensou que tudo estava chegando. Não a conheço, muito menos sei o que lhe aconteceu na infância, qual foi o primeiro namorado, a primeira transa, o primeiro choque, o primeiro porre, o primeiro do primeiro amor, o primeiro do último amor; é justamente a você que começo a escrever dentro de sua desistência.

A você, que nunca pensou que o riso também precisa de aquecimento para não se machucar em rugas, que deseja ler de manhã e viver o que se lê de tarde, e que não lê de manhã e nem vive de tarde, e sobra a noite para fazer de noite.


A você, que é uma promessa de cheiro, de chá, que coloca perfume nos pulsos e no pescoço, que tem receio de chorar onde não se chora, de falar o que não se deveria, que se controla e se autocensura para não se entregar.

A você, que passou a vida a disciplinar o desespero, que segura a bolsa perto do quadril, que é suave para olhar de canto.


A você, que está aqui e não se resolve, porque não é aqui que está, mas dentro daquilo que procura. Alguns procuram um endereço; outros, um sentido.

A você, que escuta o sangue e não entende.


A você, que quer explicações para não se contentar com relatórios, para não se apaziguar em brincadeiras, que não usa relógio para não ser infiel à aliança, que repara as laranjas germinando abelhas na hora do almoço.

A você, que não duvida ao assinar o nome, mas troca invariavelmente a data.


A você, que em toda manhã regressa de seu mais fundo e ninguém repara o seu esforço para subir à superfície.

A você, que parece sombra quando a água passa, que parece água quando a sombra senta; a você quero dizer: eu desapareço em você.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A Idade e A Loba


A Idade e a Loba

Wanderley Nunes

Loba sem maldade
Que não esconde a idade
Que vive intensamente
Que me dar carinho
Que me deixa doente.

Loba que uiva no cio
Que se banha nua no rio
Que me tira o frio
Que me deixa em chamas
Que me faz perder a noção,
E o tempo em cima de uma cama.

Loba que me chama
Que me cerca
Que me aperta, me espreme
Que me joga contra a parede
Que arranca minha roupa
Que me deixa confuso
Ela é a outra?

Loba, quero descobrir teus segredos
Não quero ser só seu brinquedo
Seu passatempo, mas sinto
Que estou perdido no vento.

Loba que me faz sentir menos só
Que me tira a sensação de ser pó
Que me trás a vida com seu sorriso
Que me traz a felicidade com sua gargalhada.
Mulher sem idade
Com identidade
Livre de preconceitos.

Loba que sabe o que quer
Nos seus desejos mais íntimos
Ela só quer viver o esplendor
Sem amargura e sem dor
Ela quer apenas ser mulher.
,
,
OBS: Dedicado a Cristina Reis

Sou Como Você Me Vê

Sou como você me vê.


"Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania.
Depende de quando e como você me vê passar."
"A inteligência sem amor, faz-te perverso.
A justiça sem amor, faz-te implacável.
A diplomacia sem amor, faz-te hipócrita.
O êxito sem amor, faz-te arrogante.
A riqueza sem amor, faz-te avarento.
A docilidade sem amor, faz-te servil.
A pobreza sem amor, faz-te orgulhoso.
A beleza sem amor, faz-te ridículo.
A autoridade sem amor, faz-te tirano.
O trabalho sem amor, faz-te escravo.
A simplicidade sem amor, deprecia-te.
A lei sem amor, escraviza-te.
A política sem amor, deixa-te egoísta.
A vida sem AMOR... não tem sentido!"

Quem Sou Eu?

QUEM SOU EU?

"Não posso falar quem sou usando apenas uma palavra Nem mesmo uma única frase As palavras que expressam quem sou não cabem neste espaço Não sou nada Mas ao mesmo tempo um monte de coisas. Sou um pouco de alegria misturado com tristezas Sou um pouco de dor Um pouco de solidão Sou um pouco do que os meus amigos me ensinaram a ser O pouco do que os meus inimigos me fizeram aprender Um pouco da minha família Um pouco de religião Ódio Amor Paixão Sou um pedaço de mágoa e uma medida de perdão Sou uma pessoa comum Como qualquer outra Simples Porém com porções diferentes Mostro meu sorriso quando é preciso sorrir Mas... Também choro nos momentos em que precisar. Eu sou o que eu penso Eu sou mais um ser mortal Eu sou humano o bastante para errar e ter duvidas sobre o que eu sou e sobre o que eu quero ser Mas também sou humano o bastante para tentar sempre reconhecer e corrigir os meus erros Eu sou esforçado o bastante pra vencer qualquer desafio E quieto o bastante para que não me desafiem Eu sou mais um na multidão Eu sou o que eu sou Eu sou o que eu quero ser Eu Sou feliz por eu ser eu mesmo Eu sou feliz por estar vivo E continuar vivendo Eu sou feliz por sonhar Pelo que eu quero alcançar Eu sou feliz por alcançar E continuar a sonhar Eu sou o que sou Eu sou o que eu quero ser Eu sou o que eu penso...”

sexta-feira, 12 de março de 2010

Percepções


Percepções
Eduardo Potiguar


Eu me assusto quando vejo essa cara de menina,
Esses seios de mulher,
Essa mente adulta.

Eu me assusto com a inocência dos seus atos,
Com a maturidade da sua fala,
Com o desvaneio dos seus poemas.

Eu me assusto quando não vejo que o tempo passou,
E me sobressalto com essa minha meia idade,
E com as reclamações do meu corpo.

Eu me assusto com o espelho,
Quando olho e não me vejo,
Ou quando olho e vejo um
Outro homem que ainda
Ontem eu não fui.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Só Tu

Só tu

Paulo Setubal

,

Dos lábios que me beijaram,

Dos braços que me abraçaram

Já não me lembro, nem sei...

São tantas as que me amaram!

São tantas as que eu amei!

Mas tu - que rude contraste!

Tu, que jamais me beijaste,

Tu, que jamais abracei,

Só tu, nesta alma, ficaste,

De todas as que eu amei.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

De Repente 30 & Dois


De Repente 30 & Dois
Wanderley Nunes

Ontem era um,
Hoje são dois,
Amanhã serão três,
E a máquina o tempo não perde a vez.

Ontem era frio,
Hoje estamos no verão,
Amanhã janeiro chega ao fim,
Logo chegará uma nova estação.

Ontem eu lia livros e os poemas do Potiguar,
Hoje os poemas se misturam e me levam,
Amanhã eu ouvirei a Ana os declamar.

Ontem eu assistia filmes,
Hoje assisto shows,
Amanhã quero ver o Sanz Cantar.

Ontem eu pensava que o tempo não passava,
Hoje vejo que ele voa,
Amanhã não quero olhar para trás e ver que foi tudo atôa.

Ontem era o "De Repente" que me assustava,
Hoje tudo é normal,
Amanhã será mais natural.

Ontem o "De Repente" era trinta,
Hoje é trinta e um,
Amanhã será trinta e dois,
O resto fica pra depois.

Paz


Paz
Eduardo Potiguar

Chega de brigas!
De noites mal dormidas
De palavras soltas à deriva
Vomitadas em pleno furor da ira.

Chega de rodeios!
Pare de pegar versos alheios
Para justificar uma atitude impensada
E deixe de tentar me iludir com sua
Benevolência fingida.

Chega de todo esse teatro!
Dessa fala dissimulada,
Desse gesto desde ontem ensaiado,
Pois de ti não quero nada mais,
Não quero rancor nem amor
Eu só preciso de paz.

S.O.S.

S.O.S.
Eduardo Potiguar

Salva-te!
Salva-me!
Ainda resta um pouco de tempo.
Controla-te!
Controla-me!
Deixa-me viver e lhe dar vida.
A poucos cabem essa decisão
E muitos dela dependerão.
Mudança!
Consciência!
Antes que tudo chegue rápido ao fim.

A Sua Maneira


A Sua Maneira
Wanderley Nunes

Te amei a sua maneira.
Te quis a sua maneira.
Fui eu a sua maneira.
Senti a sua maneira.
Vivi a sua maneira.
Chorei a sua maneira.
Esperei a sua maneira.
Fiquei sozinho a sua maneira.
Fui abandonado a sua maneira.
Fui esquecido a sua maneira.
Sofri a sua maneira.
Esqueci a sua maneira.
"Sobrevivi" a sua maneira.
Não consigo mais amar a sua maneira.
Não me queira mal só porque hoje eu sou feliz
A minha maneira e não mais a sua.

Mais Que a Mim


Mais Que a Mim

Ana Carolina

,

Ouvi dizer que você tá bem
Que já tem um outro alguém
Encontrei moedas pelo chão
Mas não vi ninguém pra me abraçar, me dar a mão

Eu chorei sem disfarçar
Quando vi seu carro passar
Vi todo amor que em mim ainda não passou
Eu já não sei bem aonde vou, mas agora eu vou

Tentei falar mas você não soube ouvir tente admitir
Tentei voltar e pude ver o quanto errei
Te amei mais que a mim
Ah, bem mais que a mim, mais que a mim

Ouvi dizer que você tá bem
Que já tem um outro alguém
Encontrei moedas pelo chão
Mas não vi ninguém pra me abraçar, me dar a mão

Eu chorei sem disfarçar
Quando vi seu carro passar
Vi todo amor que em mim ainda não passou
Eu já não sei bem aonde vou, mas agora eu vou

Tentei falar mas você não soube ouvir tente admitir
Tentei voltar e pude ver o quanto errei
Te amei mais que a mim
Ah, bem mais que a mim, mais que a mim.