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sexta-feira, 28 de maio de 2010

O IDIOTA E A MOEDA

O IDIOTA E A MOEDA
Arnaldo Jabor



Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.

Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.

- Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda”.

Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.

A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.

Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.

Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.

O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente.


Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação.

Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam... é problema deles.

domingo, 23 de maio de 2010

Obra Mediunica Psicografada


Obra Mediunica Psicografada
Ligia Neves

Paris, 24 de Outubro de 1858.
Querida Amiga Madeleine,

Logo que acordei pela manha, tive a impressão de estarmos juntas novamente.
A saudade logo veio a apertar-me o coração com grande desejo de vê-la, de relembrarmos momentos felizes que passamos juntas; momentos esses presentes em minha memória com eterna descrição.
Posso lembrar-me do jardim onde nossa infância e nossa adolescência permanecem como um álbum de família em minha memória.
Posso tambem inalar o perfume das flores que faziam parte de nossas brincadeiras infantis, onde decorávamos nossas vestimentas e nossos cabelos como se fossem um grandioso jardim.
Como posso esquecer-me das nossas diferenças, onde eu sempre mais acanhada me corava logo com tamanho atrevimento ao sairmos ao bosque; você sempre com tanta alegria e espontaneidade despia-se facilmente ao adentrar-se no pequeno lago próximo a Colina.
Como não lembrar das noites que quando não podíamos estar compartilhando juntas contando as estrelas, sabia o que você certamente estava a pensar e vice-versa.
Ah! Querida Amiga Madeleine, como me esquecer dos doces encantos que você despertava a todos, com sua coragem, determinação, sensibilidade e confiança.
Sempre lhe admirei por essas tantas habilidades, pois que muito quisera atribuir-me esses predicados e com tamanha surpresa você sempre me dizia que cada um era como deveria ser, com seus erros e tantos outros predicados.
Tamanha era Nossa Amizade, que espelhava-me no seu ser, procurava agradar-lhe dizendo sempre tamanha admiração que sentia por ti.
Nossas vidas foram separadas se assim posso dizer, desde que despertamos pela primeira vez o interesse por um mesmo objetivo, no qual terrível sofrimento nos arrebatou.
Desde então, nossas vidas foram tragicamente apunhaladas pelo destino, se assim posso descrever.
Minha Grandiosa Amiga, nunca poderíamos imaginar um dia tamanha artimanha da vida; por as nossas vidas tomarem rumos por demais tortuosos,onde meu coração clamava por vingança e por onde eu andei derramei lagrimas de sangue eternas pelo remorso.
Como poderia imaginar que nossos corações fossem clamar pelos olhos do mesmo rapaz, e quando a disputa foi longínqua demais, segui meu caminho para que o seu se abrisse ao longo do horizonte.
Não quis mais espelhar- me em você, deixei de contar as estrelas e de vez tentei por tempos não mais relembrar de nossa infância, nossa adolescência, enfim, nossas vidas.
Hoje comigo trago a tristeza contida no meu semblante sofrido.
A minha vida não foi tracejada com tais regalias que a sua foi presenteada.
Minha vida me passa como lances repentinos contidos em minha memória.
E com lagrimas e com um grandioso aperto em meu coração que tenho remorso por não ter ido ao seu encontro quando você mais zelo necessitava.
Tamanha minha revolta me fez repudiar tamanha ingratidão.
E hoje Minha Amiga, necessito de cuidados, cuidados esses que um dia você clamou por mim, negando- me a atende-la, deixando que meu coração machucado se fechasse perante ti.
E com tamanha amargura que me vejo nesse leito, mas e com muito Amor que assim lhe escrevo.
Peco te desculpas por não ter te assistido, imploro perdão por deixar que meus sentimentos tivessem tal importância que acabasse sendo maior que A Nossa Amizade.
Mas e com muita esperança e plena convicção que em qualquer lugar que você esteja,nossos corações estarão sempre unidos pela Marca de Uma Grande Amizade.

Com Carinho,
Catherine

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Amizade ou Amor?


Amizade ou Amor?
Wanderley Nunes


Sinto que te amo
Sei que te chamo
Não estou aqui por engano.

Não reclamo desse amor
Não o escondo mais de mim
Quero você mais que a mim.

Não sei se sou amigo
Não sei se sou seu pior inimigo
Mas sei que você é meu abrigo.

Te amo e sempre te quis
Quero ver você feliz
Mesmo que eu seja infeliz.

Só quero ser feliz
Sei que você é meu caminho
Insisto em seguir sozinho.

Negando esse amor
Tentando não sentir rancor
Na esperança de uma chance.

Na espera de um relance
Na dúvida que me assola a alma
É amizade ou amor?

Preciso


Preciso
Wanderley Nunes
(Poema inspirado numa conversa com Ligia Neves)

Preciso de um poema que saia de dentro da alma
Preciso de um poema que fale de um amor com calma
Preciso de um poema que fale de um amor virtual
Preciso de um poema que fale de um amor casual.

Preciso de você presente
Preciso te ter aqui
Preciso de te amar assim
Preciso de um sentimento sem igual.

Preciso não olhar mais pro oceano
Preciso não pensar na distância que nos separa
Preciso não te ter apenas nas minhas fantasias
Preciso não te ter mais no mundo dos meus sonhos.

Preciso não te amar mais só pela escrita
Preciso te amar pela palavra dita
Preciso te ter de corpo e alma
Preciso não precisar te buscar nos meus pensamentos.

Preciso não analisar o que vai no meu interior
Preciso não lembrar que meu coração sente dor
Preciso não lembrar do contato da pele, cheiro, carne
Preciso não lembrar que minha alma arde.

Preciso te dizer uma coisa que eu sei
Preciso ter essa amizade para todo sempre
Preciso te dizer que o carinho já se faz presente
Preciso entender que algum dia o amor pode acontecer.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

DEPOIS DA FAMA


DEPOIS DA FAMA
Eduardo Potiguar

Como você acha que vai ser
e o que vai acontecer quando
eu for importante?

Vou te negar o acesso,
A minha foto tem preço,
E meu autografo não vai
Num pedaço de papel!!!

Você bancou minha fama,
Agora fique na lama,
Porque eu tenho o poder!

E não adianta chorar,
Eu vou te esnobar, pois
Não existe ídolo bonzinho,
Todos querem é seu dinheirinho
E ir pro castelo de CARAS de
Jatinho só pra poder ostentar.

Eu não era assim, já fui tímido
E desconhecido, mas minha sorte
Mudou pelo destino e hoje
Encontro-me aqui cercado de Luzes
E glória a espera da minha Próxima
Trama, para faturar um pouquinho mais.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Paraíso Aqui




O Paraíso Aqui
Autor: AFS
Poema dedicado a Ligia Neves


Paraiso na Terra pode até não existir,
Mas eu teimo em insistir,
Não só no falar mas no agir,
Até meu Anjo eu descobrir.

Descobrir um anjo que me seja tão humano,
Que esteja sempre comigo e não me dê o cano,
Que tenha da vida pro futuro um plano,
Mas que seja sensivel como um toque de piano!

Delicada como a harpa ao tocar,
Sendo sempre sincera ao falar,
Que me critique quando eu exagerar,
Mas diga de verdade, se me amar!

Construa assim comigo na Terra o Paraiso,
Me entenda quando eu estiver liso,
Que tenha e que me faça perder o juizo,
Disposta a ser, enfim, meu chão onde eu piso!