Powered By Blogger

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Skap


Skap
Nila Branco
Composição: Zeca Baleiro

Quando você pinta tinta nessa tela cinza
Quando você passa doce dessa fruta passa
Quando você entra mãe-benta amor aos pedaços
Quando você chega nega fulô boneca de piche
Flor de azeviche
Você me faz parecer menos só
Menos sozinho
Você me faz parecer menos pó
Menos pozinho
Quando você fala bala no meu velho oeste
Quando você dança lança flecha estilingue
Quando você olha molha meu olho que não crê
Quando você chega mariposa morna lisa
O sangue encharca a camisa
Você me faz parecer menos só
Menos sozinho
Você me faz parecer menos pó
Menos pozinho
Quando você diz o que ninguém diz
Quando você quer o que ninguém quis
Quando você ousa lousa pra que eu possa ser giz
Quando você arde alardeia sua teia cheia de ardis
Quando você faz a minha carne triste quase feliz
Você me faz parecer menos só
Menos sozinho
Você me faz parecer menos pó
Menos pozinho

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Juliana


Juliana
Por Wanderley Nunes & Eduardo Potiguar

Ela é parte do mundo
O mundo é dela
Ela é dona de tudo,
mas não sou o dono dela.

Ela surge como uma forasteira
Que toma o coração desse pobre
Ela em seus pensamentos
Nunca valoriza ouro ou cobre.

Uma mulher sem limites,
Sua bondade universal,
Seu olhar uma tentação,
Sua boca...nossa!
Perdição!

Ela é tudo,
mas se faz de nada
Doce e veneno
Jeans e veludo.

Como posso falar dessa dama
Que ainda é uma menina sem fama
Tem sonhos de uma maestrina
A guiar a arte da vida.

Ah! Juliana nessa amarga vida
Você aparece e coloca mel,
Não aceita o fel
Vive sendo fiel.

Juliana de momentos
De sentimentos
De lamentos
Juliana que em seus braços
Eu me acalento.


P.S.
Nessa minha nova tentativa de escrever, mais uma vez e sempre presente Eduardo Potiguar. Não posso assinar essa poesia sozinho, ele me ajudou e muito.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Sem Lamentos

Sem Lamentos
Eduardo Potiguar


Não vou pensar
Que tudo terminou,
Nem vou chorar
Porque você me abandonou.

Mas se é o fim
Que ele venha sem a dor
Que o meu coração se acostumou
A ter toda vez que você se afasta de mim.

Eu vou pedir,
Como sempre fazem os românticos,
O ultimo beijo, e depois vou partir
Para onde a felicidade eu puder alcançar.

E se eu voltar a pensar
Novamente em você, ainda
Que somente em sonhos, quero que
Saiba que para mim acabou e a partir
De hoje você faz parte das minhas ilusões.

Não, não venha implorar e pedir
Para eu voltar atrás, você estragou
O que de bom eu criei para nós dois, do
Que adianta agora eu ter compaixão,
Se o que eu queria sentir era amor.

Rugas

Rugas
Eduardo Potiguar

Não consigo definir
A sensação de tê-las,
Mas ao olhá-las no espelho,
Eu sorrio,
Fico sério,
Aproximo-me,
Espanto-me,
Reflito...
É necessário viver

É preciso saber viver!
Assim, então, entenderei
O real valor de possuí-las,
E me encantarei ao ver surgir
outras novas rugas.

Dois Minutos

Dois Minutos
Eduardo Potiguar


Beira de mar,
Fim de tarde,
Quero fitar os seus
Olhos que se escondem
Dos meus.

Vento a soprar,
Sol se pondo
Por detrás das dunas,
Quero sentir
Sua boca tocando
A minha agora...

Solidão eu sinto
Quando estou longe
De você,
Mesmo que seja só
Dois minutos após te ver...

Então vem
Ficar ao meu lado,
Pra novamente matarmos
O tempo juntos
E esquecermos que o mundo
Dita as regras a todo o momento.

Chris, Cris, Cristina, Pigmeu


Chris, Cris, Cristina, Pigmeu
Por Wanderley Nunes

Chris,
Uma mulher na multidão
Uma sombra na amplidão
Um vácuo sem razão
Uma guerreira em perdição.

Cris,
Uma mulher, um perfume
Um sentido, um beijo perdido
Um gemido, um elo partido
O dia amanheceu, ela se perdeu.

Cristina,
Aventureira que não quer se calar
Vivida, banida na multidão a gritar
Uma mulher perdida tentando encontrar
Bandida, querida, pronta pra amar.

Pigmeu,
Seu ritmo, suas coisas,
Seus olhos, sua pele,
Seu silêncio, suas mãos
Seus amigos, seus momentos
Sua vida e uma tentação.

Chris, Cris, Cristina, Pigmeu,
Rouba corações sem avisar
Parte e deixa todos
E um medo de perguntar

Será que ela um dia vai voltar?

Ich Liebe Dich

domingo, 5 de outubro de 2008

A Moça

A MOÇA
Eduardo Potiguar

Moça bonita
Quanta andança e
Pela praça balança
O vestido fazendo
A todos babar....

E senta, e levanta
Sorri e se espanta
Quando um moço
Se chega querendo
Lhe falar.

Essa moça faceira
Se faz quase de freira
Mas deixa o pecado
Na mente dos homens
Vagar.

Em Tempo

EM TEMPO
Eduardo Potiguar

Sim,

É carência de beijos seus,
É o anseio de tê-los meus,
Embriagando minha mente
Com desejos indiscretos.

Sim,
É vontade imensa de sentir
O seu corpo colado ao meu
Criando um novo desafio à
Física, pois sinto que eles
Ocupam o mesmo espaço.

Sim,
Não se iluda, já é saudade
De ontem, ou melhor, de
Algumas horas atrás, que
Me fazem perder a noção
Do tempo e achar que já
Se passaram dias desde
A ultima vez que te vi
Nua, doce e feliz.

O fim Não é Belo

O Fim Não É Belo
Eduardo Potiguar

O fim não é belo,

Ele não justifica o inicio
Nem o meio, é feio!
E quando tudo acabar
Não quero que seja
Antes do nascer do sol,
Eu vou querer sentir o
calor desse ultimo dia

Onda do mar quando bate
Na areia, finda nos pés
De quem passava na beira
levando um pouco do sal
Dessas águas para si.

eu colhi muitas conchas
na areia, mas se procurar,
Nenhuma estará
Guardada comigo.

E somente aquela que
É a dona do meu coração
Encontrará o amor
guardado em meu coração
que é uma concha
Fechada, lacrada e
À prova de roubos
E explosões atômicas.

Mas meu amor
Não se iluda o fim
Não é belo e não
Justifica o inicio
Nem o meio, é Feio!

Amizade

Amizade
Wanderley Nunes

O que vem a ser amizade?
Um sentimento sem limites
Um sentimento sem idade

O que define uma amizade?
Seria a vontade de falar com
Alguém que nos faz bem
Alguém que só deseja nosso bem

Como nasce uma amizade?
Um sentimento tão sem sentido
Um sentimento que nos faz tão bem

De onde vem a amizade?
Será inventou jogou a fórmula fora?
Ou será que anda por aí espalhando esse vírus

Como se explica a amizade?
Algo que mantém as pessoas ligadas
Num sentimento puro, limpo, livre...
Complexo, sem nexo, nem anexos...

Amizade, que souber me explique...
Amizade verdadeira,
Amizade passageira,
Amizade sem eira e nem beira...

Pois eu ainda tento entender
O porquê de existirem pessoas que ficam
Em nossas vidas como tatuagens
E essas pessoas são nossos amigos.

Wiltin Mineirin

Wiltin Mineirin
Wanderley Nunes

Ele num fala muito
Ele pensa, ele cala
Ele fica no seu cantim

Observando tudo
Do seu lugarzin
Mas e aí quem é Wiltin?
Apenas um mineirin

De longe eu vejo
Parece um meninin
Mas é o Wiltin

Com seu jeitin
Bem quetin
No seu cantin
Ele é assim
Apenas um mineirin...

Poema livre de regras gramaticais.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

De Repente

DE REPENTE...
Eduardo Potiguar


E agora já não sei,
Se sorrio ou me entrego,
Se te beijo ou então sonho
Já com o próximo
Encontro.

Onde estavam esses olhos que
Os meus nunca contemplaram?
E essa boca macia que a
Minha nunca antes beijou?

Mas agora já não sei,
Se eu durmo ou acordo,
Se te acho ou me perco
Nos seus braços,
No seu corpo...
Em você.

Sou Normal


SOU NORMAL
Eduardo Potiguar

Não sei o que fazer,
Mas tudo leva a crer
Que eu sou normal.
Então porque ao
Amanhecer acordo
Pensando em você?

Será que você vai esperar?
Será que o amanha vai chegar?
Será que o destino vai me ajudar?
O que será que será?

Não sei o que fazer,
Mas tudo leva a crer
Que eu sou normal.
Então porque ao
Anoitecer eu continuo
Pensando em você?

Você descobriu os meus segredos,
Ultrapassou as fronteiras do medo,
Criou nosso próprio universo
E juntos perdemos a razão.

Não sei o que fazer,
Mas tudo leva a crer
Que eu estou normal.
Não precisa entender,
Não precisa responder,
Basta apenas sentir
O que a paixão faz em você.

Pontuações

PONTUAÇÕES
Eduardo Potiguar

Entre as reticências e a interrogação
faço a opção pelos dois, porque
ambos me completam e sendo assim
posso dizer que sou insaciável e ao
mesmo tempo misterioso...

Carrego na boca os questionamentos
daquilo que me consome por não saber,
pois não tenho medo da verdade, mesmo
que ela venha com exclamações no final.

E mesmo parecendo um paradoxo
confirmo, ”eu gosto de deixar mistérios
no ar”, pois assim deixarei a curiosidade
pelo tempo necessário até você aprender
a me amar...

Mas dessa forma, talvez você não
me compreenda ou me julgue mau
e egoísta e diante disso eu pergunto:
depois do ponto final, você ainda
vai me aceitar?

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Por que um poema?


Por que um poema?
Eduardo Potiguar

Eu faço um poema
Para me distrair,
Para poder me iludir
E ver o sol se pôr em plena
Madrugada.

Eu faço um poema
Para afugentar os meus lamentos,
Para expor meus sentimentos
Sem decência nem medo
Da imprudência que
Ele possa causar.

Eu faço um poema
Para mostrar que amo
“amar”, que sei gostar!
E sou livre para expressar
Todo esse meu amor.

Eu faço esse poema
Para você criticar,
E seu o fiz, não foi pra agradar,
Mas apenas para você ter
Para onde olhar e esquecer
Essa sua vida vazia.

sábado, 26 de julho de 2008

Um pouco de mim...

Um pouco de mim...


Não grude, não aperte, não force, não pressione. Como um signo de Ar, Aquário precisa de muito espaço: deixe o aquariano respirar. Sua liberdade (de pensamento e de ação) é seu bem mais precioso, nem pense em tirar isso dele. Regidos por Urano, o planeta da eletricidade e das tempestades, podem ser fascinantes e imprevisíveis - nunca se sabe onde o raio vai cair.

Não é difícil se aproximar de alguém de Aquário, pois geralmente adoram conhecer pessoas - ser íntimo, entretanto, é algo do tipo missão (quase) impossível. Tornar-se amigo de um aquariano é um bom começo, porém não espere nenhuma deferência especial, pois tem amigos em todas as esquinas do mundo e, quem sabe, da galáxia. Algo que pode chamar sua atenção, sim, são idéias e ideais... Coisas que ele tem de sobra, mas sempre cabe mais um. A possibilidade de realizá-los e antes de tudo, conversar sobre eles com alguém pode ser muito estimulante e, acredite, excitante, em vários sentidos. Você nem vai precisar dar corda, pois ele tem baterias próprias, e das alcalinas.
Como os ideais são sua prioridade, deduza em que posição ficam as emoções... O que não quer dizer que sejam frios, sem sentimentos, não é isso. O que acontece é que os aquarianos não sabem muito bem como se movimentar no terreno emocional. O plano das idéias e dos conceitos é seu chão e o mundo dos anjos o seu habitat natural, ambientes em que paixão, possessividade, ciúmes, ira e outras coisas de humanos são só abstração. Na verdade têm dificuldade em contatar com suas próprias emoções, das quais, muitas vezes, não têm a menor noção. Você pode ajudá-los, contribuindo para seu processo de autoconhecimento e despertar da consciência. Só não esqueça: sem pressão. Além de detestarem qualquer coisa que os prenda, sob sua aparência de racionalidade e calma, podem ser bastante estressados. E não vai ser você que vai querer levar choques de no mínimo 220 V...
Não fique chateado(a) se as técnicas habituais de sedução como aquele implacável perfume que mexe com os instintos, aquele vestido com o infalível decote ou a declaradora calça de couro justíssima não surtirem o resultado esperado. Para seduzir o ser de Aquário, o melhor é ser tão excêntrico quanto ele: seja criativo e invente alguma coisa diferente, de preferência algo meio maluco, insólito, que o surpreenda. Às vezes algo simples como uma sessão no planetário pode resultar em uma noitada inesquecível.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Espia Só!

Estou aqui postando uma sequência de poemas do meu amigo e poeta Eduardo Potiguar, em quanto ele não lança seu livro vou registrando aqui sua obra, junto com a obra de outros grandes poetas e com minhas tentativas de escrever poemas.

Wanderley Nunes

Espia Só!
Eduardo Potiguar

Mi disculpi meu sinhô,

Num sou adevogado
Nem Dotô, entrei de
Inxirido nesse site
Porque quero ser Cumpositor.

Meus versinhos
Dessarrumados
São de um português
Malabanhado que
Trago dentro do pensadô,
Que uns xamam di menti,
Outros de juízo, mas
Ocê pode chamar du
Qui quiser meu Caro leitô.

Donde eu vim,
Num vão mangar,
Mas se você iscreve uns
Versinhos, “quer ser
As pregas”, diz o vizinho
Apois quer virá intelectuá.

Num sei bem o que vô virá,
Mas se seus zóios já incantar,
Me dou por sastifeito e prometo
Que na próxima poesia vou tentá
Melhor rimar.

A Morte

A Morte
Eduardo Potiguar

Morrer foi um sonho

e nele me vi passar
por todas as pessoas
com quem me encontrei
por essa vida.

Em questão de segundos
elas passavam diante dos
meus olhos onde apenas o
contemplar de seus corpos era
possível.

Por ultimo eles apareceram,
estes que foram minha fortaleza
durante toda a vida, estavam ali
diante de mim pela ultima vez
e eu não pude conter nem
as lágrimas e nem o choro...

...Então foi assim que eu vi a
minha morte, rápida e simples,
mas logo fui acordado pois
novamente eu tinha amanhecido
para mais um dia de trabalho.

A Distância

A Distância
Eduardo Potiguar

A distancia não é medida

por metros nem pelo espaço
que separam dois seres.

Ela é sentida quando as palavras
não são mais ouvidas ou quando
elas se tornaram indiferentes.

A distancia é algo que separa,
não a matéria, mas a alma de duas
pessoas.

E se por um acaso você sentir que
a distancia está lhe afastando de
quem você gosta, diga mais uma vez ...
“eu te amo”.

Aos Pedaços

Aos Pedaços
Eduardo Potiguar


Você me colheu

e acolheu, pedaços
de gente achado
ao acaso...

Você se dispôs e
aceitou meus
pequenos pedaços
largados ao vento...

Mas até quando o
meu corpo incompleto
e repleto de espaços
vazios preencherão
o seu coração?

Aos pedaços padeço
na sua fantasia e na
utopia do que seria
um amor perfeito.

As Lágrimas

As Lágrimas
Eduardo Potiguar


Já não importa

se agora estou triste ou feliz,
se estiver só ou acompanhado.

Pode ser que esteja escutando
minha canção ou confessando
meus temores.

É confuso, mas eu posso estar
até sorrindo quando elas
aparecerem, e daí? É assim mesmo.

Elas são a prova da sensibilidade
de um homem que não tem medo
de se expor e aparecem quando
estou nu diante de mim mesmo
ou de alguém que as mereçam.

As minhas lágrimas nada mais
são que os sentimentos
materializados dispostas a tocar
o coração dos que as vêem.

Retalhos Poéticos

Retalhos Poéticos
Eduardo Potiguar

A poesia se mistura com a vida,

A vida por si só é repleta de poesia
E nessa colcha de retalhos eu costuro
Risos, dor, amor, paixão, indecisão.

Calejo os dedos nos teclados,
A mente trabalha ora rápida ora lenta,
Não tem ritmo e sim pensamentos,
As vezes domino, outras sou dominado
Pelo desejo quase impulsivo de criar
O que poderia ser chamado de eterno.

Sim, pois se nossa carne se vai,
Nossos poemas ficam para sempre,
Em um canto ou livro, em uma pagina
Ou na mente de alguém.

Se me perguntares o que é isso,
Eu te direi que são os retalhos,
Retalhos poéticos de uma vida

Sonho de Criança

Sonho de Criança
Eduardo Potiguar


A primeira visão

Que tenho da moça
São dos olhos negros
Vibrantes, cheios de
Energia da vida.

Onde se encontra ela
Agora?
Aqui do meu
Lado, mas o seu pensamento
Pelo mundo afora...

Porém ela está também
No meu coração que se
Aperta de pensar na
Saudade que um dia
Talvez sentirá.

Essa menina
Na minha mente,
Essa moça
Diante dos meus olhos,
Quer ganhar o mundo
Quer se aventurar...

Vai minha pequena,
Conheça o que tem
Vontade, seja tua
Toda a verdade, sem
Medo de acertar.

E volta um dia ao colo
De quem te ama e não
Te esquece nem por um
Só segundo, hoje
E sempre.

Esconderijo

Esconderijo
Eduardo Potiguar


Não tardo e
Descubro o manto
Escuro, sujo e pesado
Que cobre o seu rosto
Como um fardo.

Sombra que protege
Mas escurece sua face, seus olhos
E seu sorriso,
É o seu suplicio!

Um esconderijo,
Frágil e inseguro,
Uma alcova fria,
Que o leva ao
Próprio fim.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Quando for espaço


Quando for espaço
Cuando sea espacio
Alejandro Sanz

A fronteira é sua imaginação
No momento só sou terráqueo
Nem espanhol, nem europeu, nem latino, nem flamenco, nem mesmo ocidental.
Só sou um terráqueo que sonha com ser lunático,
E ainda que com a certeza que jamais chegarei a ser marciano,
Quando for espírito serei espaço.
E se vejo que o infinito me angustia,
Darei uma olhada em um desses buracos negros
Onde dizem que até a luz é tragada
Meu ontem, minha verdade, meus princípios
Vêm e vão e se vão cada vez por mais tempo
Tão cheios de simples verdades,
Tão fácil se o sabe fazer
Meu aquele e meu ali, meus princípios
Vêm e vão e se vão cada vez por mais tempo
Mas quando for espírito serei fácil,
E se vejo que o infinito me angustia,
Te chamarei ou me chamará,
Daremos juntos uma olhada em um desses buracos negros
Onde dizem que até a luz é tragada
Mas eu quando morrer, quando for espírito serei espaço
Quando for espírito serei espaço
Quando for espírito serei espaço
E já não terei que parar na sua fronteira
E já não poderão me fazer mais dano
Quando for espírito serei espaço, serei espaço.

Parei


Parei
Wanderley Nunes

Parei,
Quero dar um tempo
Um tempo pra mim, um tempo pra ti
Quero ficar sozinho só mais um momento

Parei,
Me cansei dos seus verbetes
Me cansei dos seus cacoetes
Me cansei dos seus flertes

Parei,
Parei de te esperar
Parei de rezar a espera de um olhar
Parei de suspirar o seu ar

Parei,
Agora eu me sinto livre
Parei porque você não mais existe
Parei de sonhar, parei até de te amar

Parei, e sempre que precisar eu vou parar.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Desculpa

Desculpa
Recitado por Ana Carolina no Dvd Multishow "Dois Quartos" ao vivo


Te olho nos olhos e você reclama...
Que te olho muito profundamente.
Desculpa,
Tudo que vivi foi muito profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse possibilidade...
De me inventar de novo.
Desculpa...
Desculpa se te olho profundamente, rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.
A ponto de ver a estrada...
Onde ficam seus passos.
Eu não vou separar minhas vitórias
Dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar vivo e permanecer
Te olhando profundamente."

domingo, 30 de março de 2008

Mulheres com mais de 30... - Arnaldo Jabor‏

Mulheres com mais de 30...
Arnaldo Jabor‏

À medida que envelheço e convivo com outras,
valorizo mais ainda as mulheres que estão acima dos 30.
Elas não se importam com o que você pensa,
mas se dispõem de coração se você tiver a intenção de conversar.
Se ela não quer assistir ao jogo de futebol na tv, não fica à sua volta resmungando, pirraçando... vai fazer alguma coisa que queira fazer...
E geralmente é alguma coisa bem mais interessante.
Ela se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer.
Elas definitivamente não ficam com quem não confiam.
Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem.
Você nunca precisa confessar seuspecados... elas sempre sabem...
Ficam lindas quando usam batom vermelho.
O mesmo não acontece com mulheres mais jovens...
Por que será, heim??
Mulheres mais velhas são diretas e honestas.
Elas te dirão na cara se você for um idiota, caso esteja agindo como um!
Você nunca precisa se preocupar onde se encaixa na vida dela.
Basta agir como homem e o resto deixe que ela faça...
Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 anos!
Infelizmente isto não é recíproco, pois para cada mulher com mais de 30 anos,
estonteante, bonita, bem apanhada, sexy, e bem resolvida,
existe um homem com mais de 30, careca, pançudo em bermudões amarelos,
bancando o bobo para uma garota de 19 anos...
Senhoras, eu peço desculpas por eles: não sabem o que fazem!
Para todos os homens que dizem:
'Porque comprar a vaca, se você pode beber o leite de graça?',
aqui está a novidade para vocês:
hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento e sabem por quê?
Porque 'as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma lingüiça!!!
Nada mais justo!

Arnaldo Jabor

E-mail enviado por Edi Carlos!!! Nota 10!!!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Novela Pessoal

Novela Pessoal
Wanderley Nunes

“Nós somos protagonistas da nossa própria novela pessoal, que a nossa vida.
O protagonista nem sempre é o mocinho, o herói, não é tão bonzinho, mas também não é o vilão, o anti-herói, ele é um equilíbrio entre o bem o mal, ele é humano, comete erros, e caso você não saiba ainda, ele tem sentimentos.
Ele aprende com a vida e cuida apenas da vida dele. Antes que você o julgue novamente, olhe pra os seus próprios erros.
Você entenderá que também é protagonista da sua própria vida, então cuide dela.”

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O Relógio


O RELÓGIO
Eduardo Potiguar

O primeiro passo em sua direção
Me levou mais longe que a intenção
E hoje, quando os pensamentos me
Questionam quando será o pouso,
Eu pergunto se posso ir contra o relógio.

Já não importa se é manhã ou noite,
Se passam horas ou dias, pois a vontade
De estar com você é maior que
A noção que tenho desse tempo.

E se agora minha insanidade
Já não distingue entre o real e o
Imaginário, nesses pequenos
Ou grandes momentos que
Passamos juntos prevalece
O desejo de tornar cada instante
Inesquecível.

Não vou negar

NÃO VOU NEGAR
Eduardo Potiguar

Não vou negar,

O amor que te dei,
O prazer que senti,
O temor que eu tive,
O presente que neguei.

Não vou negar,
Nem que o futuro te leve,
Nem que o amor te reencontre,
Nem que surja outro alguém,
Nem que eu passe a ser ninguém.

Não vou negar,
Que tudo foi diferente,
Que nem sempre eu estive presente,
Que você sempre esteve à frente,
Que nunca me iludi.

Não vou negar,
Às vezes sinto saudades,
Às vezes te quero nos braços,
Às vezes me pego sonhando,
Às vezes já te esqueci.

Realidade

REALIDADE
Eduardo Potiguar

Enquanto espelhos se quebram

Ao cair no chão, meus braços se
Estendem para alcançar a sua mão.

É tudo em vão, o trem partiu e a
Fumaça ainda arde em meus olhos,
Na estação, só eu ainda estou de pé.

Malas desfeitas, mas a vida ainda
Não foi refeita, faltam algumas
Horas para o sol se por.

A lua hoje não vai surgir, a noite
Vai ser escura e seca como o vinho
Que agora molha meus lábios.

Sei que é tarde pra dizer “te amo”,
A flecha transpassou o coração,
O sangue escorreu, e junto com ele
Foi o que se podia chamar de amor.

Liberdade

LIBERDADE
Eduardo Potiguar

Quando tudo parecia ter virado tédio

Eis que você surge!!!
E me tira das rotinas em série,
Da seriedade de minhas funções,
E me faz enxergar um mundo deixado
Pra trás em algum lugar do passado.

Você me faz viver um presente intenso,
Sem medo de estar errando, porque as
Vezes errar é mais gostoso.
Você me faz sorrir simplesmente pelo
Fato de me fazer esquecer que hoje é mais
Um dia de trabalho e eu estou aqui em frente
À praia vendo a lua surgir.

Seus princípios me fazem despir de preconceitos
Pois é assim que devo estar para poder te receber,
Quero te sentir chegando, me abraçando e me Tomando por completo.
Liberdade, Ó liberdade!!, abre não somente as asas,
Mas também o seu corpo e sua alma sobre mim.

Vida

VIDA
Eduardo Potiguar


Momentos e atos formam nossa vida,

Que nunca se repetem,
São únicos,
São exclusivos,
Meus, seus, nossos, deles.
O sorriso que você me deu,
Eu guardei na memória,
E te deixei o meu amor.
A tua lagrima derramada secou,
Mas ficou a lembrança.
A semente ontem plantada,
Hoje dá sombra,
Amanha já não sei...
Restarão as cinzas!!
E assim se vive...
Das incertezas, tenho certeza
Tudo terá um fim.

Segue

SEGUE
Eduardo Potiguar

Segue, não olhe pra trás.

Deixaste não somente um homem,
mas um momento, um pedaço
de tudo aquilo que foi vivido.

Segue, sem perceber que algo mais
poderia surgir, algo bom, pois não
havia maldade nos sentimentos.

Segue e eu também seguirei,
pois a vida é itinerante, passageira,
curta, mas infinitamente prazerosa,
e eu não posso me dar ao luxo de
perder um só momento do que ela
possa me oferecer.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Recado do Tempo


Recado do Tempo
Isabella Taviani
Composição: Isabella Taviani

Com os olhos banhados d'água ele suplicava: Fica!
Tarde demais...
Ela foi embora
Mesmo ofertando tudo e não pedindo nada: Fica!
Tarde demais...
Ela foi embora
Mas o tempo sabe bem o que fazer
Deixar a chuva lavar pra escorrer daquela pele
todo o lodo e febre
Mas o tempo sabe bem como curar
A ferida que insiste em sangrar
Mas vai fechar
E na madrugada fria ela deixa de ser
cega e enxerga
Tarde demais...
Ele já não a espera
E olhando-se no espelho só resta então o lamento
Meu Deus foi tarde demais
Ele partiu com o tempo
Mas o tempo soube bem o que fazer
Deixou a chuva lavar pra escorrer daquela pele
Todo o lodo e febre
Pois o tempo soube bem como curar
A ferida que nunca mais vai sangrar
Fechada está
E nesse dia então
O mundo pôde perceber
que foi tarde demais pra ela se arrepender...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Sou tanta coisa...

Sou tanta coisa

Sou tanta coisa. Sou tão complicado. Sou tão simples. Sou tudo e sou nada.
Sou todas as estações do ano... Mas desde criança, sou Verão, sou céu, sou mar, sou areia, sou estrela-do-mar, sou peixe com limão assado na brasa, sou camarão no espeto e frito também, sou natureza acima de tudo...
Sou as ondas do mar, sou as nuvens do céu, sou vento, sou brisa, sou chuva forte, trovoada... Sou chuva fina, garoa da madrugada... Sou dia, sou Sol... Sou noite, sou Lua cheia... Sou rueiro, sou caseiro, sou tímido, sou doido desvairado... Sou Vida!!!! Sou Primavera... “Quando entrar Setembro..." Sou Outono... Folha caída seca... Folha que nasce a florescer... Sou vento forte e arrasto, mudando a paisagem... Sou Inverno... Sou frio, sou casaco quentinho de lã, sou cobertor pesado, sou edredom macio, sou chocolate quente, sou leite moderninho com mel pela manhã... Mas sou bem melhor se sou Verão... Sou campo, sou cidade, sou ilha deserta, sou floresta, sou região serrana, sou casa de praia, sou apartamento, sou casa de quintal... Sou viagens, sou passeios, sou shopping, sou cinema, sou barzinho, sou danceteria, sou casa de amigos, sou de dentro e sou de fora... Sou água de côco, sou cerveja gelada, sou chope de vinho, sou Fanta laranja, sou batata frita, sou frango à passarinho... Sou sorvete de casquinha, sou frutas, sou maçã, sou pêra, sou uva, sou melancia, sou caqui, sou manga, sou morango, sou pêssego, sou amora, sou ciriguela, sou melão... Sou música o dia todo, sou vídeo, sou tv (mais desenhos e filmes), sou câmera, sou seriados, sou shows, sou teatro, sou fotos e sou fatos, sou blogs, sou informática, sou internet, sou e-mail, sou Power Point, sou chat e também sou Chato... Sou amigo, sou desconfiado, sou teimoso, sou sincero, sou insistente, sou impaciente, sou arteiro, sou bagunceiro, sou criança e sou adulto, sou rabugento, sou bonzinho, sou mauzinho também... Sou risos, sou gargalhadas, sou choro, sou lágrimas, sou emotivo... Sou livros, sou revistas... Sou puro Julia Roberts... Sou Lilás, sou Branco, sou Verde, sou Azul, sou Marrom, e de vez em quando, sou até Preto... Sou calça jeans e camiseta, sou bermuda, sou chinelo, sou tênis, sou pé no chão... Sou boné, sou óculos escuros, sou cabelo raspado... Não sou ar condicionado, não sou ventilador, mas sou vento, sou ar livre, sou natural... Sou caminhar pela rua, sem parar, sem pensar, sem destino, sem lugar...Sou carro pra viajar, pra passear, pra namorar... Sou ônibus pra trabalhar e até pra passear também... Sou bicicleta, sou cavalo a galopar, sou pedra a escalar, sou aventura sem parar... Sou Floresta da Tijuca, sou Urca, sou Praia Vermelha, sou Copacabana, sou Arpoador, sou Ipanema... Sou Recreio, sou Paquetá... Sou o Rio de Janeiro... Mas, sou puro São Paulo... Sou Parque do Ibirapuera, sou Masp, sou Avenida Paulista, sou até Rua 25 de Março, ahhh sou Cafelândia também... Sou Nova Iorque, sou Las Vegas, sou Califórnia, Sou Veneza... (Quando eu for, é claro...!!!!) Sou cama, mesa e banho... Sou rede na varanda... Sou almofadas jogadas ao chão... Sou tapete na sala, no quarto ou em qualquer lugar... Sou barulho... Sou silêncio... Sou bagunça... Sou tranqüilidade...Sou fogo, sou sexo, sou selvagem, sou delírio, intensidade, coragem, sinceridade...Sou Amor... Sou Paixão... Sou Vida!!!! ... Sou tudo isso e mais um pouco...

Eu Sou Assim...

Tempo (com Teresa Cordioli)

TEMPO
Eduardo Potiguar

O que lhe incomoda tanto?

É a idade que carrega nas costas?
Mostre, que na vida, é dela que mais gosta
Pela experiência que por ela lhe foi imposta,
Trazendo consigo todo encanto.

Pior seria se tivesse vivido em prantos,
Sem alegrias, sem nenhum acalanto,
E lhe garanto que o ruim
Não é envelhecer “ficar velho”...
Mas sim, nunca ter Sido jovem.

Que caiam todos os meus cabelos,
Desde que eu não perca o juízo
Ou as minhas loucuras temporárias.
Que doam todos os meus ossos,
Por ter extrapolado o limite
Em busca dos meus objetivos.

Que enrugue minha pele, ela traduz
As noites que passei na boemia,
Onde via a alegria girando sem felicidade
Ao redor de uma mesa de bar,
O significado de tudo isso era apenas
Um momento a mais...
De ilusão... mas e daí??

E os meus passos que agora são lentos
Isso pouco importa, não tenho mais
Pressa alguma, vou viver o minuto
Como se fosse uma hora..achando
Que sempre tem mais
Um pouquinho de tempo.

Agora que as recordações me vêem à mente
Com mais freqüência, quero viver um pouco mais,
só mais um dia, um nascer de sol
Pensando em você.
Devaneio? Não!

Palavras do autor:

"Poesia feita a Quatro mãos com a ajuda da minha querida Poetisa Teresa Cordioli. Mais uma vez obrigado pela ajuda."

Ilusão


ILUSÃO
Eduardo Potiguar

O que é ilusão?
Sonhar com o impossível
Ou viver sem um sonho?
Amar o difícil ou ir
Atrás do mais fácil?
Apegar-se as convenções
Ou ir atrás do inusitado?

Ilusão é passar pelo mundo
E não viver o impensável,
É não fazer loucuras pelo
Beijo tão sonhado.
É não sentir felicidade na
Simplicidade de um
Bom dia ao telefone.

Ilusão é achar que pra ser
Feliz deve se seguir a cartilha,
É acreditar que tudo não tem fim
E esquecer de amar infinitamente
O momento.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Ilusões do Amanhã

ILUSÕES DO AMANHÃ
PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE)



'Por que eu vivo procurando um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.

Eu quero apenas viver, se não for para mim, que seja pra você.
Mas às vezes você parece me ignorar,
Sem nem ao menos me olhar,
Me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr.
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.
Se a vida dá presente pra cada um, o meu, cadê?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.
Quando estou só, preso na minha solidão,
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.
Talvez eu seja um tolo, que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer, eu fiz brotar a flor.
Para carregar junto ao peito,
E crer que esse mundo ainda tem jeito.
E como príncipe sonhador...
Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.'


Este poema foi escrito por um aluno da APAE, chamado, pela sociedade, de excepcional.. Excepcional é a sua sensibilidade! Ele tem 28 anos, com idade mental de 15 e peço que divulguem para prestigiá-lo. Se uma pessoa assim acredita tanto, porque as que se dizem normais não acreditam? Tenham uma ótima semana...!

Recebi esse e-mail de uma amiga, Mariana e decidi postá-lo aqui na integra.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

A Ultima Grande Mulher Fatal

A Ultima Grande Mulher Fatal
Wanderley Nunes

Quando a vi dentro de um ônibus, achei que ela tinha saído das crônicas de Nelson Rodrigues, naquele momento o próprio Nelson parecia estar sentado ao meu lado. Ela entrou com um andar elegante, seu perfume era conhecido; em meio a um calor de matar, lá estava ela toda arrumada como se fosse à algum lugar importante, mas não ela parecia ir pra sua casa.

O que me perturbava era o fato de que, por mais mulheres belas que pudessem existir naquele ônibus, ela despertava minha atenção. Era um misto de fascínio, curiosidade ou sei lá o quê. Só sei que o perfume dela tomava conta do meu nariz, meus olhos fixaram-se na sua nuca e eu não entendia o motivo de ela ser da forma que era, não era bonita nem feia, mas conseguia chamar a atenção por algum motivo.
Lembrei-me do nosso Anjo Pornográfico, o Nelson Rodrigues que também escreveu uma crônica sobre a ultima mulher fatal. Tentei buscar nela algo que me fizesse lembrar a crônica do Nelson, mas nada me levava a uma resposta.
Meu ponto era o próximo e no desespero levantei-me antes, olhei-a como um perito analisa um cadáver e descobri que ela não é, nunca foi e nunca será uma mulher normal. Ela é uma mulher que atrai pelo simples, uma mulher que se produz pra esperar o marido diariamente, aquela mulher que usava uma roupa visivelmente ajustada pra seu corpo, aquela mulher que conquista apenas com a presença, com dois olhos verdes que brilhavam.
Ela foi a ultima grande mulher fatal que eu vi, as outras não chegam aos seus pés.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

As Estações


AS ESTAÇÕES
Eduardo Potiguar

É mais um ano, e assim como todos os outros anteriores,
chega a mesma estação e embora por séculos a seqüência
tenha sido idêntica, as novas vidas que agora surgem
não são exatamente as mesmas do ano passado e eu me
pergunto, o que mais mudou esse ano? Não sei exatamente
distinguir, mas não sinto mais o perfume que me era tão
singular e que mexia com meus pensamentos, pior que
isso, não sinto mais falta desse perfume. Acho que as outras estações
pelas quais passei mefizeram conhecer outros aromas, outras sensações,
pois conheci o frio do inverno, senti-o penetrar pela
minha carne mas hoje sou uma pessoa mais preparada
para enfrentar situações mais difíceis. Vi as folhas
secarem e caírem ao chão no outono, aos milhares,
e pouca gente se abaixou para limpá-las, porém o tempo
encarregou-se de fazer esse trabalho. Senti o calor
escaldante do verão em meu rosto que deixava o suor
cair em gotas pelo meu corpo e ninguém ou quase ninguém,
veio ao meu encontro para enxugá-las. Foi assim que cresci e
dessa forma compreendi que as estações me fizeram mudar e
amadurecer e que todo o sofrimento que me foi imposto
por elas não apagaram nem nunca apagarão a felicidade
ao ver novamente as flores mais uma vez florescerem nos
campos e mesmo que eu não perceba, aquele aroma que
já me fez tão feliz um dia, estará misturado aos novos que
chegaram junto com mais uma primavera.

Complemento

COMPLEMENTO
Eduardo Potiguar

O meu amor é complemento,

É fogo e calor
Sol e vento
Noite e luar
Alegria e sorriso
Beijo e abraço.

O meu amor é complemento,
É carinho e união
Desejo e paixão
Dialogo e entendimento
Sou eu e você
Hoje e eternamente.

O meu amor é complemento,
É onda e mar
Água e sede
Universo e estrelas
Semente e fruto
Presente e futuro.

O meu amor é complemento,
É respeito e afeto
Deus e perdão
Homem e mulher
Sou eu e você
Hoje e eternamente.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Quem sou eu (Mary Trujillo)

Quem sou eu
Mary Trujillo

Não tento agradar,
Não temo tentar,
Errar, me arrepender…
A vida é uma bolha
Enche o saco, estoura…
Sou aquela que destoa…
Que faz versos à toa…
Que gosta da noite,
E da fina garoa…
Não tenho preso o rabo,
Escrevo por prazer, ainda
Que com um travo amargo.
Não temo desagradar…
Tanto faz, me criticar ou elogiar,
Minha paciência,
Sempre anda por um fio…
Entrega é loucura,
Cai num imenso vazio…
Sou metade amor, doçura
,Metade revolta, amargura…
Sou sentimentos confusos,
Canto, silêncio, clausura…
Sorrisos e lágrimas…
Tempestade e calma…
Sou eu morando,
Com minha rebelde alma.
Quem sou eu?
- Mulher, um Anjo ou um vendaval?
Eu sou algo inaceitável,
Eu sou eu e ponto final…

All Star


All Star
Cássia Eller
Composição: Nando Reis


Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as Índias
Mas a terra avisto em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário
Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali
E entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra hoje
Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
Seu all star azul combina com meu preto de cano alto
Se o homem já pisou na lua
Como ainda não tenho seu endereço?
O tom que eu canto as minhas músicas pra tua voz
Parece exatoEstranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali
E entro no elevador
Aperto 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra ...Laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali
E entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra hoje...