REALIDADE
Eduardo Potiguar
Enquanto espelhos se quebram
Ao cair no chão, meus braços se
Estendem para alcançar a sua mão.
É tudo em vão, o trem partiu e a
Fumaça ainda arde em meus olhos,
Na estação, só eu ainda estou de pé.
Malas desfeitas, mas a vida ainda
Não foi refeita, faltam algumas
Horas para o sol se por.
A lua hoje não vai surgir, a noite
Vai ser escura e seca como o vinho
Que agora molha meus lábios.
Sei que é tarde pra dizer “te amo”,
A flecha transpassou o coração,
O sangue escorreu, e junto com ele
Foi o que se podia chamar de amor.

Nenhum comentário:
Postar um comentário