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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Realidade

REALIDADE
Eduardo Potiguar

Enquanto espelhos se quebram

Ao cair no chão, meus braços se
Estendem para alcançar a sua mão.

É tudo em vão, o trem partiu e a
Fumaça ainda arde em meus olhos,
Na estação, só eu ainda estou de pé.

Malas desfeitas, mas a vida ainda
Não foi refeita, faltam algumas
Horas para o sol se por.

A lua hoje não vai surgir, a noite
Vai ser escura e seca como o vinho
Que agora molha meus lábios.

Sei que é tarde pra dizer “te amo”,
A flecha transpassou o coração,
O sangue escorreu, e junto com ele
Foi o que se podia chamar de amor.

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