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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O Relógio


O RELÓGIO
Eduardo Potiguar

O primeiro passo em sua direção
Me levou mais longe que a intenção
E hoje, quando os pensamentos me
Questionam quando será o pouso,
Eu pergunto se posso ir contra o relógio.

Já não importa se é manhã ou noite,
Se passam horas ou dias, pois a vontade
De estar com você é maior que
A noção que tenho desse tempo.

E se agora minha insanidade
Já não distingue entre o real e o
Imaginário, nesses pequenos
Ou grandes momentos que
Passamos juntos prevalece
O desejo de tornar cada instante
Inesquecível.

Não vou negar

NÃO VOU NEGAR
Eduardo Potiguar

Não vou negar,

O amor que te dei,
O prazer que senti,
O temor que eu tive,
O presente que neguei.

Não vou negar,
Nem que o futuro te leve,
Nem que o amor te reencontre,
Nem que surja outro alguém,
Nem que eu passe a ser ninguém.

Não vou negar,
Que tudo foi diferente,
Que nem sempre eu estive presente,
Que você sempre esteve à frente,
Que nunca me iludi.

Não vou negar,
Às vezes sinto saudades,
Às vezes te quero nos braços,
Às vezes me pego sonhando,
Às vezes já te esqueci.

Realidade

REALIDADE
Eduardo Potiguar

Enquanto espelhos se quebram

Ao cair no chão, meus braços se
Estendem para alcançar a sua mão.

É tudo em vão, o trem partiu e a
Fumaça ainda arde em meus olhos,
Na estação, só eu ainda estou de pé.

Malas desfeitas, mas a vida ainda
Não foi refeita, faltam algumas
Horas para o sol se por.

A lua hoje não vai surgir, a noite
Vai ser escura e seca como o vinho
Que agora molha meus lábios.

Sei que é tarde pra dizer “te amo”,
A flecha transpassou o coração,
O sangue escorreu, e junto com ele
Foi o que se podia chamar de amor.

Liberdade

LIBERDADE
Eduardo Potiguar

Quando tudo parecia ter virado tédio

Eis que você surge!!!
E me tira das rotinas em série,
Da seriedade de minhas funções,
E me faz enxergar um mundo deixado
Pra trás em algum lugar do passado.

Você me faz viver um presente intenso,
Sem medo de estar errando, porque as
Vezes errar é mais gostoso.
Você me faz sorrir simplesmente pelo
Fato de me fazer esquecer que hoje é mais
Um dia de trabalho e eu estou aqui em frente
À praia vendo a lua surgir.

Seus princípios me fazem despir de preconceitos
Pois é assim que devo estar para poder te receber,
Quero te sentir chegando, me abraçando e me Tomando por completo.
Liberdade, Ó liberdade!!, abre não somente as asas,
Mas também o seu corpo e sua alma sobre mim.

Vida

VIDA
Eduardo Potiguar


Momentos e atos formam nossa vida,

Que nunca se repetem,
São únicos,
São exclusivos,
Meus, seus, nossos, deles.
O sorriso que você me deu,
Eu guardei na memória,
E te deixei o meu amor.
A tua lagrima derramada secou,
Mas ficou a lembrança.
A semente ontem plantada,
Hoje dá sombra,
Amanha já não sei...
Restarão as cinzas!!
E assim se vive...
Das incertezas, tenho certeza
Tudo terá um fim.

Segue

SEGUE
Eduardo Potiguar

Segue, não olhe pra trás.

Deixaste não somente um homem,
mas um momento, um pedaço
de tudo aquilo que foi vivido.

Segue, sem perceber que algo mais
poderia surgir, algo bom, pois não
havia maldade nos sentimentos.

Segue e eu também seguirei,
pois a vida é itinerante, passageira,
curta, mas infinitamente prazerosa,
e eu não posso me dar ao luxo de
perder um só momento do que ela
possa me oferecer.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Recado do Tempo


Recado do Tempo
Isabella Taviani
Composição: Isabella Taviani

Com os olhos banhados d'água ele suplicava: Fica!
Tarde demais...
Ela foi embora
Mesmo ofertando tudo e não pedindo nada: Fica!
Tarde demais...
Ela foi embora
Mas o tempo sabe bem o que fazer
Deixar a chuva lavar pra escorrer daquela pele
todo o lodo e febre
Mas o tempo sabe bem como curar
A ferida que insiste em sangrar
Mas vai fechar
E na madrugada fria ela deixa de ser
cega e enxerga
Tarde demais...
Ele já não a espera
E olhando-se no espelho só resta então o lamento
Meu Deus foi tarde demais
Ele partiu com o tempo
Mas o tempo soube bem o que fazer
Deixou a chuva lavar pra escorrer daquela pele
Todo o lodo e febre
Pois o tempo soube bem como curar
A ferida que nunca mais vai sangrar
Fechada está
E nesse dia então
O mundo pôde perceber
que foi tarde demais pra ela se arrepender...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Sou tanta coisa...

Sou tanta coisa

Sou tanta coisa. Sou tão complicado. Sou tão simples. Sou tudo e sou nada.
Sou todas as estações do ano... Mas desde criança, sou Verão, sou céu, sou mar, sou areia, sou estrela-do-mar, sou peixe com limão assado na brasa, sou camarão no espeto e frito também, sou natureza acima de tudo...
Sou as ondas do mar, sou as nuvens do céu, sou vento, sou brisa, sou chuva forte, trovoada... Sou chuva fina, garoa da madrugada... Sou dia, sou Sol... Sou noite, sou Lua cheia... Sou rueiro, sou caseiro, sou tímido, sou doido desvairado... Sou Vida!!!! Sou Primavera... “Quando entrar Setembro..." Sou Outono... Folha caída seca... Folha que nasce a florescer... Sou vento forte e arrasto, mudando a paisagem... Sou Inverno... Sou frio, sou casaco quentinho de lã, sou cobertor pesado, sou edredom macio, sou chocolate quente, sou leite moderninho com mel pela manhã... Mas sou bem melhor se sou Verão... Sou campo, sou cidade, sou ilha deserta, sou floresta, sou região serrana, sou casa de praia, sou apartamento, sou casa de quintal... Sou viagens, sou passeios, sou shopping, sou cinema, sou barzinho, sou danceteria, sou casa de amigos, sou de dentro e sou de fora... Sou água de côco, sou cerveja gelada, sou chope de vinho, sou Fanta laranja, sou batata frita, sou frango à passarinho... Sou sorvete de casquinha, sou frutas, sou maçã, sou pêra, sou uva, sou melancia, sou caqui, sou manga, sou morango, sou pêssego, sou amora, sou ciriguela, sou melão... Sou música o dia todo, sou vídeo, sou tv (mais desenhos e filmes), sou câmera, sou seriados, sou shows, sou teatro, sou fotos e sou fatos, sou blogs, sou informática, sou internet, sou e-mail, sou Power Point, sou chat e também sou Chato... Sou amigo, sou desconfiado, sou teimoso, sou sincero, sou insistente, sou impaciente, sou arteiro, sou bagunceiro, sou criança e sou adulto, sou rabugento, sou bonzinho, sou mauzinho também... Sou risos, sou gargalhadas, sou choro, sou lágrimas, sou emotivo... Sou livros, sou revistas... Sou puro Julia Roberts... Sou Lilás, sou Branco, sou Verde, sou Azul, sou Marrom, e de vez em quando, sou até Preto... Sou calça jeans e camiseta, sou bermuda, sou chinelo, sou tênis, sou pé no chão... Sou boné, sou óculos escuros, sou cabelo raspado... Não sou ar condicionado, não sou ventilador, mas sou vento, sou ar livre, sou natural... Sou caminhar pela rua, sem parar, sem pensar, sem destino, sem lugar...Sou carro pra viajar, pra passear, pra namorar... Sou ônibus pra trabalhar e até pra passear também... Sou bicicleta, sou cavalo a galopar, sou pedra a escalar, sou aventura sem parar... Sou Floresta da Tijuca, sou Urca, sou Praia Vermelha, sou Copacabana, sou Arpoador, sou Ipanema... Sou Recreio, sou Paquetá... Sou o Rio de Janeiro... Mas, sou puro São Paulo... Sou Parque do Ibirapuera, sou Masp, sou Avenida Paulista, sou até Rua 25 de Março, ahhh sou Cafelândia também... Sou Nova Iorque, sou Las Vegas, sou Califórnia, Sou Veneza... (Quando eu for, é claro...!!!!) Sou cama, mesa e banho... Sou rede na varanda... Sou almofadas jogadas ao chão... Sou tapete na sala, no quarto ou em qualquer lugar... Sou barulho... Sou silêncio... Sou bagunça... Sou tranqüilidade...Sou fogo, sou sexo, sou selvagem, sou delírio, intensidade, coragem, sinceridade...Sou Amor... Sou Paixão... Sou Vida!!!! ... Sou tudo isso e mais um pouco...

Eu Sou Assim...

Tempo (com Teresa Cordioli)

TEMPO
Eduardo Potiguar

O que lhe incomoda tanto?

É a idade que carrega nas costas?
Mostre, que na vida, é dela que mais gosta
Pela experiência que por ela lhe foi imposta,
Trazendo consigo todo encanto.

Pior seria se tivesse vivido em prantos,
Sem alegrias, sem nenhum acalanto,
E lhe garanto que o ruim
Não é envelhecer “ficar velho”...
Mas sim, nunca ter Sido jovem.

Que caiam todos os meus cabelos,
Desde que eu não perca o juízo
Ou as minhas loucuras temporárias.
Que doam todos os meus ossos,
Por ter extrapolado o limite
Em busca dos meus objetivos.

Que enrugue minha pele, ela traduz
As noites que passei na boemia,
Onde via a alegria girando sem felicidade
Ao redor de uma mesa de bar,
O significado de tudo isso era apenas
Um momento a mais...
De ilusão... mas e daí??

E os meus passos que agora são lentos
Isso pouco importa, não tenho mais
Pressa alguma, vou viver o minuto
Como se fosse uma hora..achando
Que sempre tem mais
Um pouquinho de tempo.

Agora que as recordações me vêem à mente
Com mais freqüência, quero viver um pouco mais,
só mais um dia, um nascer de sol
Pensando em você.
Devaneio? Não!

Palavras do autor:

"Poesia feita a Quatro mãos com a ajuda da minha querida Poetisa Teresa Cordioli. Mais uma vez obrigado pela ajuda."

Ilusão


ILUSÃO
Eduardo Potiguar

O que é ilusão?
Sonhar com o impossível
Ou viver sem um sonho?
Amar o difícil ou ir
Atrás do mais fácil?
Apegar-se as convenções
Ou ir atrás do inusitado?

Ilusão é passar pelo mundo
E não viver o impensável,
É não fazer loucuras pelo
Beijo tão sonhado.
É não sentir felicidade na
Simplicidade de um
Bom dia ao telefone.

Ilusão é achar que pra ser
Feliz deve se seguir a cartilha,
É acreditar que tudo não tem fim
E esquecer de amar infinitamente
O momento.