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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Como falar de amor?

Como falar de amor? 
Wanderley Nunes 

 Não sei, sentimento mais estranho, senti isso há tanto tempo que até me esqueci. Me esqueci daqueles tremores ao ver a pessoa amada, de ficar com o sorriso gravado na mente, do som da voz do ser amado ser a minha música mais favorita, os olhares e dos olhos. Ah! Aqueles olhos, como são lindos aqueles olhos esverdeados me despindo como se eu tivesse completamente nu. Como foi avassalador todo aquele sentimento dentro de mim, como tomou conta do meu corpo me fazendo apenas obedecer ao meu coração. Vivi aquele amor. Vivi intensamente, me entreguei de corpo e alma, sei que fui amado, e olha que ainda devo ser. Só que a vida nos prega peças que nos força a esquecer um grande amor, porém, sei que isso nunca vai sair de mim e nunca sairá. Algo tão intenso e bonito não deixa assim nosso coração do nada, mesmo que tudo e todos digam isso passa, ficamos uma boa época achando que não balançaremos mais com esse amor, mas basta apenas uma palavra, um amigo que nos lembre de como era aquele amor, que volta tudo novamente. E como uma onda que vai me tomando aos poucos, absorvendo meu coração e o inundando de lembranças doces, aí depois que bate a nostalgia, o que nos resta a fazer é olhar uma foto e mergulhar nesse mar de lembranças doces. Hoje quando penso nesse amor sinto que meu coração está mais maduro, sinto que eu estou com os pés mais no chão, percebo que mesmo sabendo que esse amor tem suas qualidades, olho para o horizonte e vejo que ele também pode ser a chave de muitos mistérios escondidos dentro de mim. Não amamos uma única vez e sim várias vezes, mas todas de formas diferentes, amores diferentes, em épocas de vida diferente, hoje analiso todos os amores que tive, todos aqueles que vivi, da minha maneira eu fui feliz, da minha maneira eu me entreguei a esse sentimento que nos desarma de surpresa. Dentro de alguns dias preciso rever um grande ex-amor da minha vida, quando me lembro só sinto saudades do tempo que passou, mas sei que eu vivi aquilo, sei que eu não me proibi nada, me permiti e me dei de corpo e alma. Só que, olhando para o hoje vejo as paixões que eu tenho que viver, penso nos rostos que ainda vai invadir meu coração e meu corpo e dizerem, que estão ali e vão ficar mesmo sabendo que já existem paixões antigas guardadas bem lá no fundo peito. Ora, aqui estou eu falando de meus sentimentos, dos meus amores, acho que esse blog está perdendo a sua identidade principal que seria mais dedicado a poemas, poesias e textos e dando espaço aos sentimentos. PS: Tem uma música da Nana Caymmi que se tornou um verdadeiro hino dos amores que passaram. Resposta ao tempo.

Um Poema Dedicado a Você

Um Poema Dedicado a Você P.E.M. 
Wanderley Nunes  

Dia quente Manhã corrida Tarde calma Você surge no MSN. Penso Suspiro Respiro Espero. Você me dá um “Boa tarde” Respondo rapidamente Penso nas minhas cobranças Queria que teu livro saísse esse ano. Nada falo Penso Não devo Me calo. Conversamos Sobre coisas do cotidiano E sinto que esse é mais um ano Que seu livro não vai ser publicado.

Ensina-me

Ensina-me 
Wanderley Nunes 

 Por esses dias cheguei a uma conclusão, que tem pessoas que são amadas, pessoas que são invejadas, pessoas que são desprezadas, pessoas que são ignoradas e pessoas que incomodam por ser quem são. Calma, calma, não vou esculachar ninguém. Então, voltando ao meu texto, hoje me peguei pensando e analisando muitas coisas na minha vida. Confesso a vocês que passar uns dias no interior é bom por isso, você além de descansar, passa a analisar mais você mesmo, pois o tempo que você não tem nada pra fazer, você pensa um pouco e também conhece pessoas que, por mais malícia que tenha no olhar são transparentes, são pessoas diferentes do que estamos acostumados a conviver. São pessoas que por mais longínquas que estejam da nossa cultura urbana, são sinceras nos olhos, nos sorrisos, nos dialetos, etc. Gostam de você sem pedir nada em troca, te cumprimentam como se te conhecesse há anos, falam contigo até te chamando por apelidos carinhosos sem mesmo te perguntar se poderiam ou não te chamar assim. Coisa que numa metrópole como São Paulo é raro, onde as pessoas mal se olham, e quando vêem alguém passando mal sequer desviam do seu caminho para socorrer, aliás, não são todas assim. Esses dias no interior me levaram a refletir muito, funciona como uma espécie de retiro espiritual, onde você descansa a mente, o corpo se reeduca, sente o contato mais próximo com a natureza, ainda mais aqui que foi fundado o primeiro templo budista do Brasil. Afinal descansar, descansar, tomar sorvete, ir à lan-house (pra não perder o hábito) e continuar descansando não faz mal a ninguém. Sinceramente ando pensando e se eu morasse aqui, como seria minha vida, comparando-a com a das pessoas que vivem nessa cidadezinha no meio do nada e com um calor de derreter, minha vida seria mais lenta, mais calma, acho que eu chegaria ao tédio em pouco tempo. Acostumado com o som do trânsito perto da avenida onde moro, acostumado a pegar ônibus lotado, acordar cedo, tomar um café correndo sempre olhando pro relógio, correr pra não perder aquele maldito ônibus cheio de gente, ou com cara feia, ou com cara de sono, ou simplesmente de boca aberta terminando de dormir o sono que deixara na cama. Aqui uma cidade calma, um ônibus a cada hora, às 19 horas eles param de rodar, se você perder o último coletivo da cidade meu amigo e minha amiga, prepare-se, crie coragem e encoraje também as suas pernas e faça todo caminho a pé. O mais cruel disso tudo é que se o cidadão não tiver outro meio de locomoção que não seja o coletivo dançou, vai ficar a pé e o pior de tudo num calor daqueles, pelo menos não vai dar pra reclamar que é sedentário, cada caminhada equivale a umas boas horas de academia seguida de uma sauna. Confesso que eu ainda estou tentando me imaginar aqui, mas definitivamente não consigo, apesar de todos os encantos terapêuticos e visuais, ainda não aprendi a querer essa cidadezinha no fim do mundo, a ponto de ficar aqui para sempre. Ah! Já ia me esquecendo de um detalhe importante: O contato com a natureza é tanto, que um beija-flor sem-vergonha chamado Joãozinho tem a audácia de te tirar do seu momento de descanso e reflexão, fica voando na sua frente quase que batendo as asas no seu rosto a menos de 30 centímetros, só pra te passar a mesma mensagem de sempre, quase que dizendo: “Tire as abelhas do meu bebedouro, quero beber água, estou com sede”. E você que não levante e vá afastar a poucas abelhas que ficam por ali por perto, não terá nenhuma tarde de sono e pensamentos sobre a vida, muito menos conseguirá digitar nada.

A tarde e os seus convites

A tarde e os seus convites 
Wanderley Nunes 

 A noite cai como um manto fresco depois de um dia de calor Calor que revela tudo que está contido Sonhos escondidos Todos os desejos reprimidos Uma tarde de calor convida ao sexo. Uma tarde de calor também é sem nexo Corpos se desmanchando em suor Odores que ocupam a velha colônia vencida Olho para o céu e imagino vejo a noite E penso o que mais querer da vida. Ela. A tarde que tanto me instiga Que tanto me convida Que me leva a pensamentos nunca revelados Fico aqui olhando a noite entrar e a tarde se despedir Como a dona do bordel que fecha as portas no fim do expediente. O que mais me alegra nessas idas e vindas É que a tarde sempre volta com seu calor Calor de arder, mas ela vem dona de si Impondo seu poder e eu fico sempre aqui Com meus pensamentos de que uma tarde de calor é um convite tentador.

Uma Mente Doente

Uma Mente Doente 
Por Wanderley Nunes

 Eu não sei por quê? Mas, ainda me impressiono com as atitudes de algumas pessoas; pessoas que são intituladas como seres humanos, incrível o dom que esses seres têm de ferir, magoar, julgar, condenar e levar o próximo ao fundo do poço em poucos minutos. Bom, gostaria de está sendo exagerado, mas não há como, tem de ser assim. Este post não pode ser diferente, ele tem que chegar bem o mais perto do real possível. Não sei nem como começar a delatar aqui a minha vítima de hoje, mas tenho que fazer, na verdade colocar como vítima é até deixar em bons lençóis o ser humano no qual falarei hoje. Para quem acompanha esse blog e dá sempre uma lida no que eu escrevo, irá entender que o eleito já esteve por aqui em “Uma Mente Carente”, agora para quem nunca leu nada disso, me acha um ridículo escrevendo sobre pessoas do cotidiano e fazendo poemas pra pessoas anônimas, recomendo o Blog da Greice Karioca (Com K pros gringo entende). Brincadeiras a parte, vamos à desforra, nosso eleito já andou passeando aqui pelo blog em uma mente carente e hoje volta em grande estilo, Uma Mente Doente. O que eu não consigo entender é o dom que as pessoas têm de machucar as outras, com uma facilidade absurda, mas o pior de tudo é machucar os outros criando monstros num mundo de fantasias, pulando para um lugar onde tudo e todos estão e sempre estarão contra ele. O chato dessa historinha é que, quem sempre esteve ao lado, quem sempre ouviu, quem sempre se calou, quem sempre guardou e ainda guarda segredos, acaba sofrendo com isso, pois, nosso eleito quando não acha mais quem atingir, decidi despejar em quem esteve ao seu lado toda a sua ira, toda a sua raiva, toda a sua inveja contida, todas as suas vontades reprimidas, todas as suas frustrações que vem acumulando ao longo da vida. E, quem sempre esteve ali o tempo todo do lado do nosso eleito não suporta mais e sucumbi até quase cair, pois, é pego de surpresa e acaba sendo apoiado por uma da ex-vítima do eleito de hoje. Vítima esta, que já está refeita de tudo que sofreu. Essa parte me lembra a música Na Sua Estante da Pitty, onde ela diz mais ou menos assim: “Te vejo errando e isso não é pecado, exceto quando faz outra pessoa sangrar, te vejo sonhando e isso dá medo, partindo pro mundo que não dá pra entrar...” Enfim, nosso eleito, perseguido, sabe-se lá que nome dá a ele aquele filho da p..., poderia tentar pelo menos uma vez pensar nas suas atitudes, pensar no mal que fazes e desejas aos outros, pensar também que pode ter afastado a única pessoa que ainda tinha paciência de ouvir, aconselhar e servir como “amigo”, mas a vida é assim, para o perseguido, foi apenas mais uma descarga de raiva contida do mundo, pra vítima em questão foi a ultima vez que isso aconteceu. Pelo que sei da vítima do perseguido, atitudes serão tomadas. Fica aqui a célebre frase de uma amiga: “... tem situações que não podemos passar apenas do coleguismo...”. Ah! Ouvi também da vítima após me contar tudo o que tinha acontecido a seguinte frase: “Se ele bateu na cara a primeira vez, a culpa é toda dele. Se ele veio pela segunda vez e bateu na minha cara, a culpa é toda minha, pois não tenho vergonha. agora só me resta pegar o resto de dignidade que ainda sobrou e evitar de todas as formas pra que esse tipo de coisa não aconteça...” Nos demais meus caros, creio eu que vamos todos ver pessoas mendigando atenção por aí, ou pior, pra chamar a atenção criando histórias como sempre fez e inventando situações onde monstros o perseguem, para novamente está envolvendo as pessoas numa eterna confusão, confusão essa que é a sua mente doente. Nota: Escrever sobre pessoas do cotidiano é muito complicado, porque não podemos dar nomes aos bois e temos que deixar tudo muito relativo, mas mesmo assim dá uma base ao tema e fazer com que o leitor no mínimo entenda a mensagem.