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sábado, 29 de dezembro de 2007

Janaina

Janaina
Wanderley Nunes

Como e o que falar dessa menina
Simplesmente Janaina
Uma mulher
Sabe o que quer.

Quem é essa tal de Janaina?
Seria só uma menina?
Dona de uma beleza que fascina?
De onde surgiu Janaina?

Janaina que difíceis são as rimas
Sua beleza me fascina
Seus olhos me assustam
Seu sorriso me apresenta uma parte do mundo
Eu apenas um vagabundo
Fico a espreitar esperando uma migalha
Do teu riso e do teu olhar profundo.

Continuo a te admirar
Dona desse poema sem rima
De você quase nada sei
Sei que dentro do seu peito
Mora guerreira
Uma menina arteira
Uma heroína
Uma mulher chamada Janaina.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

De repente 30

De repente 30
Wanderley Nunes

Um dia me olhei no espelho
E me imaginei com treze anos
Nem vi o passar dos anos
Olhei-me no espelho novamente
Me imaginei com dezesseis
Foram apenas três.

E em cada época fui me imaginando
E os anos foram passando
Um dia me imaginei com trinta
Nesse mesmo momento repeti a mim mesmo
Nem brinca.

O tempo passou
A minha vida mudou
Meus problemas passaram a ser de gente grande
Vi meus brinquedos parados na estante
Nem brinca.
Já é trinta?

Ainda não, eu repetia e queria ter vinte e poucos
Mas os anos corriam feito loucos
Numa estrada invisível onde só eu enxergava
Nada parava, nada ficava, tudo mudava.
Nem brinca.

Quanta burrada, quanta cabeçada,
Hoje eu faria melhor do que fiz antes
Trinta num é tão ruim assim
Agora estou pronto pra viver
Agora sei o que fazer
Olhei-me no espelho e de repente trinta.
Não Brinca?

É a melhor coisa esses trinta
O menino ainda permanece
A brincar dentro de mim
Como se nada tivesse mudado
Como se não existe passado
Mas com a mesma essência
Só que agora com trinta.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Meu amigo chamado Zé

Meu amigo chamado Zé
Wanderley Nunes

Eu tenho um amigo chamado Zé
Eu poderia chamá-lo de José
Ninguém sabe quem ele é
Mesmo assim continua sendo Zé.

Zé Paulo, Zé Pedro, Zé Mário, Zé Mauro
Não importa, o nome dele é Zé
Ninguém sabe de onde ele é
Vocês não saberão quem ele é.

Brincalhão, companheiro, amigão, zueiro
Ocupado com seus afazeres do dia-a-dia,
E sempre dando atenção aos amigos
É por isso que ele se chama Zé.

Aquele Zé que ouve
Aquele Zé prestativo
Aquele Zé pensativo
Aquele Zé que não precisa ter mais adjetivos
O nome dele é Zé.

Eu tenho um amigo chamado Zé
Zé que brinca, fala, some, desaparece
Zé que enxerga uma luz
Zé que a amizade se traduz.

Esse é meu amigo Zé
Vocês poderiam ter a sorte
De ter um amigo chamado Zé
Mas não direi que ele é.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Conheci uma menina

Conheci uma menina (dedicado a Liliam)
Wanderley Nunes

Conheci uma menina
Não era feia nem bonita
Era uma criança
Com o coração cheio de esperança.

Conheci uma menina
O dia-a-dia nos afastou
Longe de mim a cada dia
Lembro-me do seu jeito sapeca, meio moleca
E nem o tempo a intimidou.

Conheci uma menina
Que é minha amiga
Hoje já não é mais uma menina
É uma mulher
E sabe bem o que quer.

Conheci uma menina
Que hoje já é uma mulher
É linda e normal
Não a trato de jeito formal.

Conheço uma mulher que dentro dela
Ainda mora a menina sapeca, moleca
Espero a próxima que ela aprontará
Que devaneios ela fará
Só as saudades que eu sinto dela

Que eu não posso mais suportar.

A moça do Portão

A moça do Portão
Wanderley Nunes

Quem é a moça do portão?
Quem é o dono do seu coração?
Quem roubou seus sentimentos como um ladrão?
Quem é a mulher que está no portão?

Quem é a menina que já leva o titulo de casada?
Quem é a mulher que é invejada?
Quem é a menina que é cobiçada?
Quem é essa moça dedicada?

Quem é ela?
Quem entra na casa dela?
Quem tem acesso aos pensamentos dela?
Quem quer ser amigo dela?

Quem ela ama?
Quem vela o sono dela?
Quem tem o amor dela?
Quem à noite ela chama?

Quem é a moça do portão?
Quem vive a espiar seu caminho?
Quem vive a querer cruzar em seu destino?
Quem quer desvendar seus segredos?
Quem quer descobrir os seus medos?

Quem é ela?
Quem já viu essa moça?
Quem criou essa menina?
Que beleza é essa que ilumina as retinas?

Quem é ela...?

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A FRASE DO ANO DE DRÁUZIO VARELLA

A FRASE DO ANO DE DRÁUZIO VARELLA

'No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para mulheres do que na cura do Mal de Alzheimer.
Daqui a alguns anos, teremos velhas de seios grandes e velhos de pinto duro, mas eles não se lembrarão para que servem'.

Renascimento

RENASCIMENTO
Eduardo Potiguar

A prata descia do céu e iluminava todo

o meu corpo com seu brilho mais intenso.
O tapete branco se estendia pelo chão
e eu podia caminhar sobre ele,
sentindo-o tocar suavemente os meus pés.

Entre o acender e apagar das luzes,
eu estava só, sentia tua ausência
porque nossa união tornaria
o momento mais inesquecível,
mas você não entendeu que a presença física
não era a coisa mais importante naquela hora.

Eu queria o teu espírito junto ao meu,
para que enfim eu pudesse celebrar o renascimento,
porém naquele instante onde a felicidade
já transcendia além da matéria,
eu não poderia abrir espaço para lamentações.

Veio então o espírito da liberdade
e me tomou por completo,
purificou-me com suas águas
e da mesma maneira como Deus me trouxe ao mundo
ali naquele pedaço de paraíso eu renasci,
e nas ondas novamente me batizei,
chorando de alegria ao sentir o quanto é bom viver!!

Um Amigo

Um amigo
Wanderley Nunes

Eu tenho um amigo que sumiu.
Será que ele partiu?
Eu tenho um amigo que eu preciso falar.
Mas ele teima em se ausentar?
Eu tenho um amigo sincero.
Mas ele não quer muito lero.
Eu tenho um amigo que é famoso.
Será que a fama o deixou vaidoso?
Eu tenho um amigo que vive pelo ar.
Seu nome nunca irei revelar.
Eu tenho um amigo que mora no meu coração.
Só que ele não me dá mais atenção.
Eu tenho um amigo que eu adoro pertubar.
O nome dele, não vou revelar.
Porque senão ele pode até me matar.
E então não teremos mais o que rimar...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Love In The Afternoon (dedicada a Patricia)

Essa letra está sendo postada aqui em homenagem a uma menina que acabou indo embora cedo demais. Seu riso, sou voz rouquinha, seu jeito e suas qualidades que eram muitas estão e sempre estarão registradas na minha memória e na memória daqueles que a conheceram. Paty vai com os anjos!!!

Love In The Afternoon
Legião Urbana
Composição: Renato Russo


É tão estranho, os bons morrem jovens
Assim parece ser quando me lembro de você
Que acabou indo embora, cedo demais

Quando eu lhe dizia: - me apaixono todo dia
E é sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse: - eu gosto de você também
Só que você foi embora cedo demais
Eu continuo aqui, meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você em dias assim
dia de chuva, dia de sol
E o que sinto eu não sei dizer

- Vai com os anjos, vai em paz
Era assim todo dia de tarde, a descoberta da amizade
Até a próxima vez, é tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você e de tanta gente
Que se foi cedo demais

E cedo demais eu aprendi a ter tudo que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu, que tive um começo feliz
Do resto eu não sei dizer

Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre, mas eu sei
Que você está bem agora

Só que este ano o verão acabou
Cedo demais.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Vou apagar a luz


Vou apagar a luz
Wanderley Nunes

Vou apagar a luz para pensar em você
E assim deixar você voltar
E ser novamente a fonte que me faz reviver
Por que a única coisa que sei é te amar.
Nos meus sonhos tudo é mais fácil
No mundo cruel não há possibilidades
De nos encontrarmos
Que me importa é viver de ilusões
Do que neste mundo de duras realidades. Mesmo que sejam sempre com você
Só assim sou feliz e vou apagar a luz
Como te abraçarei, quando te beijarei.
Em meus mais ardentes sonhos te encontrarei
Te morderei os lábios
E me lembrarei que é um sonho
E por isso vou apagar a luz para pensar em você
Porque és a fonte que me faz viver.

Morre Lentamente...

Morre Lentamente...
Pablo Neruda

Quem não lê,
quem não viaja,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente...
Quem destrói seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente...
Quem se transforma em escravo do hábito
repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente...
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos
e os corações aos tropeços.
Morre lentamente...
Quem não vira a mesa quando
está infeliz com o seu trabalho, ou amor,
quem não arrisca o certo pelo incerto
para ir atrás de um sonho,
quem não se permite,
pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos...
Viva hoje!
Arrisque hoje!
Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Louco

Louco
Wanderley Nunes

Louco,
Louco ao sentir-me tão solto
Muito louco
Ao saber que já te perdi
Eu sei,
Amou-me tão intensamente um dia
E outro dia
Se foi com um novo amor.
Diga porque me sinto tão triste
Triste quando me lembro de ti.
Louco
Por querer te trazer pra minha vida,
E por tentar, e por sonhar
E louco de te amar assim.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Felicidade

Felicidade
Autor Desconhecido

É correr, pular, cair, chorar, sonhar, sorrir, viver, aprender, e não apenas existir
É em todos os momentos sorrir, e nunca se deixar cair.
Fazer das pequenas ações, grandes emoções,
Transformar esse minuto em hora,
Para que este momento jamais vá embora.
Chorar de alegria... Fazer do mundo uma grande magia
E em uma lágrima reconhecer, que estamos aqui para aprender.
Em um simples olhar, um sorriso roubar,
E neste sorriso o mundo todo imaginar.
É ser uma eterna criança, e sempre ter esperança.
É como uma poesia escrever, sem nada entender.
É se tornar “diferente”, diante dos olhos de tanta gente.
Se tornar autor da própria história e a cada passo encontrar uma vitória
É simplesmente... Sentir-se a vontade.
É... Isso é felicidade

BY:EROS.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Temo o que sei...



Temo o que sei...
Autor: C.L.

Temo o que sei, e não quero aceitar,
Temo o que sou agora, e o que deveria ter sido no passado,
Temo o que não me sai do pensamento,
e quanto isso irá durar.
Um sentimento, apesar de doce me envenena.

Temo a esse Tempo, que insiste me mostrar
o quanto o perdi,
Perdi na covardia em esconder-me,
Perdi por não arriscar,
Por não ouvir, o que sempre gritou dentro de mim,
Por não ser o que sempre quis ser.

Temo esse Tempo que não volta.
Temo a falta de tudo aquilo que ainda não conheci,
Tudo que ainda não vi,
Tudo que ainda não senti.

O medo que mais me atormenta
na incerteza do que será, do que virá.
Temo as nossas diferenças,
a nossa ordem de chegada, a certeza de que,
o tempo tão sábio dessa vez errou.

Você chegou tarde e Eu cedo demais pra te acompanhar
Mas isso nunca irá me impedir de lutar.

Silêncio


Silêncio
Wanderley Nunes

Eu vi duas crianças abraçadas
jurando eternas loucuras de amor,
eu sei que nenhum adulto as ensinou.
E eu vi a vida voltar as minhas mãos,
vi as duas crianças olhando-se nos olhos, sentindo-se felizes de poder estar abraçadas.
Eu ouvi no ar um poema que um dia foi dedicado:
“tua alma é minha paz, teus horizontes meu temor,
jamais serei o mesmo, aquele momento jamais voltará,
porque sempre faltará o calor do teu corpo
e a noite que envolvia agente não será a mesma”.
E assim ouvíamos o poema dedicado a aquele amor.
Silêncio, silêncio, que na cama de um amante
a magia dorme um pouco,
mas se lembrou do passado,
Silêncio, silêncio, que na cama de um amante
a magia dorme um pouco não...
mas antes se recordou do passado,
E vi algumas pessoas voltando e outras que se foram indo novamente,
algumas que chegam jamais vieram,
E eu vi a vida sentar-se ao meu lado
e no fim as duas crianças voltam a olhar-se novamente,
Nos lábios deles saem os versos mais belos,
e o poema que havia sido dedicado se apaga,
e os amantes pedem silêncio,
silêncio, silêncio que a magia está dormindo,
silêncio, que se cale o ar,
quero escutar aqueles versos de novo,
quero ouvir o amor que nunca morre,
silêncio, silêncio, que na cama de um amante
a magia dorme um pouco,
só que antes o amor se fez mais uma vez,
silêncio, silêncio, silêncio, que a magia ainda dorme,
ela continua descansando e um amor vai viver por muitos anos.
Silêncio!

"O amor nunca vai acabar, a magia pode descansar, mas ainda é a mesma, as juras de amor sempre serão eternas, o poder do amor é eterno, não se amam uma única vez, mas de formas diferentes, cada amor com uma intensidade, amores serão sempre parte de nossa vida, silêncio a magia ainda dorme".


Texto Baseado na letra da música Silencio de Alejandro Sanz, não é uma tradução!

Se algum dia eu te encontrar por ai!


Se algum dia eu te encontrar por ai!
Autor: José Mauro

"Se algum dia eu te encontrar por ai,
Vou te dizer o que penso daquele tempo
Que nós éramos pequenos,
O que eu sempre quis te falar,
mas nunca tive coragem,
Por que eu era tímido e você elegante
E por ser brilhante nunca tive chance.
Se algum outro dia eu te encontrar por ai,
Direi o que estava querendo
Se não acabo sofrendo,
Com o olho ardendo do suor frio
Que escorria da minha testa,
Mas não se preocupe te procurarei e te direi
Do fundo do meu coração
Que amo você desde aquele lindo entardecer junto de ti.
Sempre que te encontrava não conseguia
Nem te dizer um simples "oi" muito menos falar o que queria,
E como num passo de mágica teu lindo sorriso
Me deixava confuso e sem ação,
O tempo passa e fica cada vez mais difícil te falar o que sinto.
Ficamos cada dia mais longe um do outro,
o decorrente tempo que sem pena come o meu amor por ti,
Não se preocupe vou vencer minha timidez
E ganhar do tempo um tempo
Pra te dizer o que acho daquele tempo
Que gostaria de estar contigo naqueles lindos fins de tarde ao pôr-do-sol".
Comentário: Eu não poderia deixar de registrar aqui a minha opinião sobre esse texto, que fala de um sentimento, de timidez, do tempo passado, de atitude, de coragem e de um amor inocente e puro como nos tempos de criança. José Mauro meu amigo, você mandou bem! Acho que todo mundo gostaria de ganhar um tempo do tempo pra ter tempo pra falar. Valeu por me enviar seu texto.



Sementes de Reflexão

Sementes de Reflexão
Autor Desconhecido

Quando parecia que nada iria acontecer,
uma novidade aparece.

E o mundo se transforma.
Este é o momento propício para você aprender que sempre
é possível ir além do que pensaria poder.
Saber recomeçar na vida é tão importante como saber viver.
Não desanime!
Se você transportar um punhado
de terra todos os dias,
logo terás uma montanha.
Não desanime se errou,
erga-se e recomece,
talvez chegue ao fim da luta cheio de cicatrizes,
mas estas se transformarão em luzes.
Seja corajoso.
Reaja com firmeza porque
o auxílio lhe chegará na hora oportuna.
Você nunca será um velho enquanto tiver um ideal.
A rotina cansa e corrói a alma,
desalenta e carcome o entusiasmo.
Renove cada manhã seu armazenamento de alegria de viver.
Preste atenção ao que está fazendo;
o ontem já lhe fugiu das mãos,
o amanhã não chegou.
Você já parou para pensar quanto tempo à gente
perde por não ter tempo de pensar?

Mensagem enviada por Eros

Sonhos

Sonhos
Clarice Lispector

"Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância
das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado.
A vida é curta,mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre."

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Fragmentos

FRAGMENTOS
Eduardo Potiguar


Segui pela vida e já não sou

O menino franzino de outrora.
Minha avó já se foi,
A fazenda mudou,
Não se tem mais lampião,
Diz um senhor.
O rio antes fundo,
Hoje bate no calcanhar
Pois no Seu leito
O homem plantou
E a chuva levou.
O fogão a lenha
Já não se usa mais,
Todos preferem o outro a gás.
E os sonhos,
Ainda são sonhos,
Mas ficaram pra trás...
Tocar as estrelas,
Pegar a botija,
Encontrar a mina
Perdida
E as férias inverter com a rotina.
Eu olho o espelho e me vejo,
A criança que já não Sou mais,
É engraçado, quanto mais
Avanço no tempo,
Mais sinto o passado por perto.
Porém sigo adiante,
Plantando Sementes,
Colhendo esperanças,
Guardando na mente
Lembranças das coisas
Boas do passado.

Alma Liberta


ALMA LIBERTA
Mensagem enviada por Jaguaracyra


Desfaço os nós
Quebro as correntes
Derrubo as barreiras
Esqueço os medos
E visto as asas da liberdade...
Entrego-me ao vento
Saio em busca do meu caminho
Encontro você...
Descubro o amor...
Sou dona de mim...
Nada mais pode me deter...
Sinto-me mais forte
Mais bonita
Plena e segura
Sei quem eu sou
E o que desejo
Assumo sentimentos...
Luto pelo que eu quero
Louca?
Alucinada?
Não!
Tenho apenas a alma liberta
De uma mulher APAIXONADA...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Reencontrar


Reencontrar
Eduardo Potiguar

Reencontrar,
Seria sentir dentro de mim um desejo ardente,
estar novamente envolvido em você, tocar
o seu corpo e nele me saciar sem receios.

Reencontrar,
seria rever seu sorriso e entregar o meu,
olhar nos seus olhos que revelam sua timidez
e partilhar momentos de cumplicidade.

Reencontrar,
seria fugir das regras, abolir preconceitos,
buscar a felicidade mesmo que por um instante,
fazendo dele um momento eterno.

Reecontrar,
seria...
será...
Não sei.

Sobras

SOBRAS
Eduardo Potiguar


Hoje eu preciso,

De um apoio amigo,
De um beijo incontido,
Para poder me acalmar.
Quero um afago, um carinho,
Um abraço, um silencioso “te amo”
Pra eu parar de chorar.
Procuro nas ondas,
na brisa e nas sombras,
Vestígios que o tempo
Cisma em levar.
Resta o resto,
O lixo, o dejeto,
De um sonho poético
Que era te amar.

Pacto

PACTO
Eduardo Potiguar


Que seja até o fim,
Ainda que o fim seja breve,
Assim tornaremos mais leve
O amor que você sente por mim.

Que seja somente amor,
Amor sem ser premeditado,
Aos poucos sendo conquistado,
Livre da possessão e do pudor.

Que seja sob o sol matinal,
Passando por dias nublados,
Embaixo de lençóis amassados
Nas noites de inverno glacial.

Que seja então assim,
Unidos pelo mesmo desejo,
Deixaremos de lado o medo,
Para juntos dizermos sim.

Vivendo depressa

Vivendo depressa
Viviendo Deprisa

Não sei como dizer a você, mas é que, hoje me dei conta do tempo que perdi com você, dando voltas em um sonho onde você me jurava ser a princesa e que resultada somente em uma promessa.
Não sei como dizer a você que, hoje me dei conta de quanto você tem esgotado ao fundo minha paciência. Hoje sei que me entreguei sem questionar as mudanças em você, e que eu fui apenas só um brinquedo entre suas mãos.
Já me cansei de viver improvisando para você. Já me cansei de segui-la.Eu fico por aqui, tenho esbanjado minhas forças vivendo depressa. Já não faço mais isso, não me espere, porque eu fico aqui.
Não sei como dizer a você que hoje, eu me dei conta de que você já não me enlouquece com essa cara de boneca. Estou cansado de viver dessa maneira, vivendo tão depressa não se aprecia a vida.

Tradução livre
Letra: Alejandro Sanz

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Theodore Roosevelt


É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota.

(Theodore Roosevelt)

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Resposta ao Tempo


Resposta ao Tempo
Nana Caymmi

Composição:
Aldir Blanc/Cristovão Bastos

Batidas na porta da frente é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter argumento
Mas fico sem jeito, calado, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar e eu não sei.

Um dia azul de verão, sinto o vento
Há folhas no meu coração é o tempo
Recordo um amor que perdi, ele ri
Diz que somos iguais, se eu notei
Pois não sabe ficar e eu também não sei.

E gira em volta de mim, sussurra que apaga oscaminhos
Que amores terminam no escuro sozinhos
Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor pra tentar reviver.

No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer
No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer.


Ps.: Como eu sempre disse esse blog não é pessoal, mas sempre ele terá um pouco de mim, a letra acima música é um exemplo. Como já foi dito em várias matérias essa música é um diálogo com o tempo.

Palavras da Alma

PALAVRAS DA ALMA
Eduardo Potiguar

Poesias não são somente palavras
escritas a esmo, sem nexo e zelo,
são muito mais que rimas e regras
escritas pelos poetas natos ou por
aqueles movidos pela emoção.

Poesias são promessas
que não foram cumpridas,
amores não correspondidos,
são desafetos não solucionados.

poesias também são alegrias que
enchem o peito e transbordam
através das palavras, são momentos
que ficam eternizados no papel.

desculpem os erros se forem muitos,
desculpem as regras esquecidas,
desculpem pelas palavras não proferidas,
mas lembrem-se que tudo vale, porque
poesias são as palavras da alma.

Tempo

TEMPO
Eduardo Potiguar


Quando olhei, quase não reconheci,

Era uma foto amarelada pelo tempo,
Desgastada pelas traças,
O colorido de outrora já não havia mais,
E no entanto disfarcei, ou quase isso.
Remorso eu senti quando meus olhos
Não conseguiram fixá-la,
E a tristeza assolou por não existir mais
Sentimento algum.

Tempo eu não te quero sempre,
Eu não te quero parado,
mas não precisa ser tão cruel.
Desculpe por julgar-te,
Desculpe por esquecer
Que ao final de tudo,
É você quem leva a minha dor
E cicatriza as minhas feridas.

Palavras

PALAVRAS
Eduardo Potiguar

Palavras que batem e machucam,

Que secam a alma, o espírito e
Levam a inocência trazendo
O medo de viver.

Palavras que fazem chorar,
Sentindo a perda do presente e
A esperança no futuro, mesmo
Que esse fosse distante.

Palavras que mudam o nosso
Pensamento, que destroem
Nossos sonhos, esmagando
As chances de uma felicidade
Ainda que efêmera.

Palavras que não mudaram,
Palavras que não calaram,
Palavras que não passaram,
Palavras bem ditas e malditas,
palavras, palavras....palavras.

domingo, 7 de outubro de 2007

Poética

Poética
Manuel Bandeira

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o
cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de excepção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora
de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário
do amante exemplar com cem modelos de cartas
e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

sábado, 6 de outubro de 2007

Início e Fim

Início e Fim
Eduardo Potiguar

Eita vida passageira!!!
correndo ligeiro tudo chega
e mais rápido ainda tudo passa.
Recordações são como álbuns de
figurinhas, a gente vai colecionando,
escolhendo as preferidas, descartando
algumas duplicatas. Aqui tudo é feito de um
início, com tempo previsível ou imprevisível
para se acabar, sorte nossa que inventaram
a foto, cd e dvd , melhor ainda é ter a
mente boa que resgata tudo com
uma perfeição sem igual. Mas
por que tudo tem um fim?
ainda não consigo
entender e talvez
isso nem valha
a pena, a nós
basta apenas
saber viver,
do início
até o
fim.

Portas Abertas


Portas Abertas
Eduardo Potiguar

As portas estão abertas,
você não precisa de chaves,
nem tampouco deve arrombá-las,
simplesmente entre.

As portas estão abertas,
você não vê porque não acredita,
não tem coragem de dar o primeiro
passo para girar a maçaneta.

As portas estão abertas,
Atrás delas está seu sonho
e tudo aquilo que você largou
um dia por achar que não
alcançaria jamais.

Passe por elas,
mostre-se como você é,
Entregue seus sentimentos,
Demonstre o arrependimento
E seja muito feliz.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Alfredo é Gisele

Alfredo é Gisele
Elisa Lucinda

- Sora vê, daqui do táxi a gente sabe é cada coisa... Sabe e aprende, aprende até a não ter preconceito. Outro dia peguei um casal assim já de meia-idade, bem apessoado, lá no Centro, no Teatro Municipal. Eles tinham ido vê uma tal de uma Ópera, sei lá. Já eram umas 11 e meia da noite, a gente veio bem até o Aterro, entramos em Botafogo e o trânsito emperrou. A mulher já azedou na hora e foi falando para o marido:

- Que trânsito é esse, quase meia-noite? Não é esquisito, Alfredo?
E o tal do Alfredo parecia um homem rico, mas não era fino, sabe? E não gostava mais dela, eu acho.
O cara era uma múmia. A resposta dele pras conversas da mulher tavam mais pra rosnado, sabe?

- Alfredo, isso não é um absurdo? Nós aqui parados num trânsito quase de madrugada, não entendo, é estranho, hoje é sábado. Será que é algum acidente, Alfredo?

Como o homem não dizia nada, aí e eu interrompi:

- Com todo respeito, sabe o que é isso, madama? Simplesmente aqui virou um lugar só de "homensexuais" e mulher sapatona. É cheio de barzinho deles, a rua toda. Fim de semana ferve. Quem quiser ver homem beijando homem e mulher se esfregando em mulher, é aqui mesmo.

- Você tá ouvindo, Alfredo? Meu Deus, eles agora têm até bar pra eles, até rua!? Não é um absurdo, Alfredo?

-Ô, Onça, cê me conhece, sabe bem como é que eu sou. Pra mim isso se resolve é na porrada. Se eu sou o pai, desço do carro e não quero nem saber o que é que entortou, o que é que virou, não quero saber o que é cu e o que é fechadura, baixo o sarrafo na cambada! Eu, com sem-vergonhice, o sangue sobe, eu viro bicho.

- Pára de falar essas palavras de baixo calão, Alfredo. Hum! Fica de gracinha que a pressão vai lá nos Alpes, você sabe muito bem o que é que o médico falou..., não é, motorista? Alfredo não é muito esquentado?

Eu dei o meu pitaco:

- É, madame, o negócio que ele tá falando é como eu vi no filme. Uma metáfora. Ele não vai bater, vai só ficar zangado.

- E o senhor sabe o que é metáfora? O senhor entende de metáforas? Escuta isso, Alfredo! O que é metáfora, seu motorista?

- Metáfora, pelo que eu entendi, é assim: aquilo não é aquilo, mas é como se fosse aquilo. Então, em vez da gente dizer que aquilo é como se fosse aquilo, a gente diz que aquilo é aquilo. Mas não é. É como se fosse. Foi?

- Eu acho que o senhor tá certo, mas na verdade eu estou é chocada com essa libertinagem. Olha aquele homem... que safadeza meu Deus! E de bigode ainda! Escuta isso, Alfredo!

- Escutar o quê, Coisa?

- O que eu estou vendo, gente! Ai, Alfredo, não está vendo? Parece que é cego, não é, motorista?

- Hoje tá até fraco. - Eu falei. - Hoje nem tem os "general"!

- Quem são? Escuta isso, Alfredo!

- General das sapatona é aquelas de coturno que parece mais com um macho do que qualquer coisa. E o outro general é o homem transformista que é a traveca, mas anda é na gillete mesmo.

- Tá ouvindo, Alfredo? A violência e a decadência como estão?

- E a gente vai ter que ficar parado nesta merda, ô Coisa?

- Calma, Alfredo, não fica nervoso! Isso é questão do nível das pessoas. A gente que tem..., não é, motorista?, ... mais condições, temos que entender essa..., essa..., como é que eu digo, meu Deus? Essa...

- Putaria!

Falamos juntos, eu e o tal do seu Alfredo com cara de doutor de num sei de quê.

- Cruzes, Alfredo, não era isso que eu ia... Alfredo, olha aquela moça! Gente, uma menina, dezoito no máximo, e a outra maiorzuda no meio das pernas da coitadinha, fazendo sabe lá o quê!!! Tá vendo, Alfredo, aquela ali? Ali, aquela, Alfredo, em cima do carro! Olha lá, Alfredo, a mão da grandona na menina! Elas vão ser beijar na boca, minha Nossa Senhora...

- Que transitozinho, hein? nunca mais viremos por Botafogo, tá decidido!

- Mas, Alfredo, olha a menina! Tá beijando, tá beijando, tá beijando, Alfredo! Ela parece..., Alfredo, é Gisele! Alfredo! Nossa filha!?

- Filha da puuuutaaa...

E desmaiou o tal doutor, enquanto a jararaca da mulé ventou porta afora de sapato na mão atrás das duas e eu pensando: não quero nem saber, encosto aqui mesmo e espero o resolver, que uma corrida dessa eu não vou perder, que eu não sou bobo e nem sou rico. É ruim de eu ir embora, heim?

Então eu fiquei naquela situação: eu com um cara que era um ex-valente todo desmaiado no banco de trás parecendo uma moça, a mulé saiu pisando forte que nem um general, quer dizer, tudo trocado e eles reclamando da filha. Se eu pudesse, eu ia lá defender a moça, mas não posso, já que o negócio é de família, né?

Eu não tenho preconceito, mas é isso que eu tava falando pra senhora: daqui a gente sabe cada coisa! E é cada um com o seu cada qual.



Obs.: Pessoal esse texto é muito legal, tem no You Tube a versão lida pela Ana Carolina e a dramatização feita com os atores.
Na versão lida pela Ana é mais engraçada ela muda algumas palavras, mas não deixa o texto perder o sentido, tornando ainda mais engraçado, além da interpretação da cantora. Exemplo:


"- Com todo respeito, sabe o que é isso, madama? Simplesmente aqui virou um lugar só de "homem sexuais" e mulher gay...
- General É aquelas mulher de coturno que parece mais com um macho do que qualquer coisa. E o outro general é o homem transformista que é a traveca, mas anda é na gillete mesmo.
- Mas, Alfredo, olha a menina! Tá beijando, tá beijando, tá beijando, Alfredo! Alfredo, Alfredo! Ela parece..., Alfredo, é Gisele! Alfredo! Nossa filha!?"

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Jardim

JARDIM
Eduardo Potiguar

Eu gosto, mas não tem explicação,

Não cabe se contar nos dedos dos
pés nem das mãos.

Gosto do tamanho do infinito,
dos Mares Que dão voltas em círculos
E que terminam na beira da praia.

Gosto, mas gostar é pouco, queria
Dizer que amo, mas amar é vasto...
Então, vou viver a imensidão desse
Amor.

Gosto do cheiro de tamarindo
Que enche minha boca de saliva,
Gosto do sabor da lima, doce
Como o pecado que dorme ao meu
Lado nas noites de frio ou calor.

Eu gosto intensamente da vida,
Dessa louca e incerta vida,
Cheia de caminhos tortuosos e
De cenários deslumbrantes que
Mudam a cada ato inconstante.

E no fim o que dizer de mim?
Que gostei de tudo assim,
Sem excesso e sem piedade
Buscando sempre a felicidade
Em cada canto de um jardim.

Só Por Você + Comentário


Só Por Você
Marina Elali
Compositor: Versão: Totonho Villeroy

Ainda lembro do som da chuva lá fora
E como eu quis me entender com você.
Mas o rancor foi quem falou e eu fui embora
Você nem soube o que eu ia dizer.
E nesse instante o que lhe doeu mais
Foi pensar que eu nunca fosse voltar.
Eu disse, mas você não ouviu
Que não vim pra te perder.
Não vim pra crer que possa haver você sem mim, não pode ser
Não vim aqui pra saber
Que é fraca a minha fé.
Eu vim aqui pela força do amor.
Só por você.
E fui rodando uma longa estrada, sem trégua
E quando eu quis retornar pra você
Fiquei sem pistas, aumentou a pressa
Na chuva, na luz do entardecer.
Você distante esperando sempre
O momento que eu voltasse afinal.
Eu disse, mas você não ouviu

Que não vim pra te perder.
Não vim pra crer que possa haver você sem mim, não pode ser
Não vim aqui pra saber
Que é fraca a minha fé.
Eu vim aqui pela força do amor.
Vejo esse momento ficar

Não foi um erro qualquer
Mas deve ser deixado pra trás
Perdemos o medo e sabemos porque.
Não vim pra crer que possa haver você sem mim, não pode ser
Não vim aqui pra saber
Que é fraca a minha fé.
Eu vim aqui pela força do amor
Eu vim aqui pela força do amor
Só por você.

Comentário:
Deve ser complicado fazer uma versão de uma música conhecida, alguns compositores fazem, mas sempre depende muito da voz que irá cantar a letra. Assim aconteceu com Ana Carolina em "É isso aí" e Zélia Duncan em "Então me diz" quando resolveram fazer uma versão diferente para "The Blower's Doughter" de Damien Rice. As versões ficaram ótimas, uma criticada demais a outra nem tanto, mas a que literalmente esteve nas paradasde sucesso foi "É isso aí" cantada pela própria Ana, enquanto "Então me diz" na voz da Simone fez apenas parte da trilha sonora de uma novela.
Bom, a minha intenção aqui, não é falar de outras versões ou traduções feitas, mas sim colocar essa versão de "Love By Grace" que todos nós conhecemos pela voz de Lara Fabian, a música além de conhecida foi utilizada na luta contra o câncer e na incentivo de doação de orgãos, etc. Tudo através de uma novela. Eu só queria registrar aqui o quanto fiquei surpreso com essa versão "Só por você", a doçura da voz de Marina Elali é surpreendente, a música soa como a mesma doçura de Love By Grace - Amor por Compaixão. Essa cantora que emocionou todos com One Last Cry, mas analisando bem ela tem tanta coisa boa pra ser apresentada como: Mulheres Gostam, Sabiá, Meninos do Brasil (espetacular essa música) entre outras, fora ao seu sucesso atualmente que está aqui no blog "Eu vou seguir (Reach)" Vale a pena conferir. Desculpem-me pelos erros e pela forma de abordagem.
Wanderley Nunes

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

E se fosse ela?


E SE FOSSE ELA?
(Y, ¿Si fuera ella?)
Letra: Alejandro Sanz
Tradução, adaptção e versão livre: Eliane Carvalho e Wanderley Nunes

Ela, se desliza e me atropela, e que às vezes não me importe, mas sei que o dia que eu a perder, voltarei a sofrer por ela.
Ela, que aparece e que se esconde, que vai e que fica, que é pergunta e que é resposta, que é minha escuridão e minha estrela.
Ela me penteia a alma e me enreda, vai comigo, mas não sei aonde vai, minha rival, minha companheira que está tão dentro da minha vida e às vezes, está tão fora, sei que voltarei a me perder e a encontrarei de novo, com outro rosto e outro nome diferente e outro corpo.
Mas segue sendo ela, que novamente me leva, nunca me diz sim, ao girar o círculo...
Ela se faz fria e se faz eterna; Um suspiro é um tormento no meio de uma tempestade, ela que tantas vezes mudou a voz.
Gente que vai e vem, sempre é ela, que me mente e me nega;
Que me esquece e me lembra, mas se minha boca se equivoca, mas se minha boca se equivoca e, ao chamá-la chamo a outra, às vezes sente compaixão por este louco, cego e louco coração.
Seja, o que Deus quiser que seja, meu crime é a lentidão de ignorar que há quem não tem coração e vai queimando, vai me queimando e me queima.
E se fosse ela?
Ela me penteia a alma e me enreda, vai comigo... digo eu. Minha rival, minha companheira, essa é ela. Mas custa, quando outro adeus está tão perto e a perderei de novo, e outra vez perguntarei enquanto se vai, e não haverá nova resposta.
E se essa que vai longe... A que estou perdendo... E se essa era? E se fosse ela?
Seja o que Deus quiser que seja, meu crime é a lentidão de ignorar que há quem não tem coração, vai me queimando e me queima.
E se fosse ela?
Às vezes sente compaixão por este louco, cego e louco coração.
Era?
Quem me disse, se era ela?
E se a vida é um círculo que vai girando e ninguém sabe quando tem de saltar
Eu a vejo...
E se fosse ela?
Se fosse ela?
E se fosse ela?

Garotos



Garotos

Leoni

Seus olhos e seus olhares milhares de tentações
Meninas são tão mulheres seus truques e confusões
Se espalham pelos pêlos, boca e cabelo
Peitos e poses e apelos
Me agarram pelas pernas
Certas mulheres como você
Me levam sempre onde querem
Garotos não resistem aos seus mistérios
Garotos nunca dizem não
Garotos como eu sempre tão espertos
Perto de uma mulher são só garotos
Seus dentes e seus sorrisos mastigam meu corpo e juízo
Devoram os meus sentidos eu já não me importo comigo
Então são mãos e braços, beijos e abraços
Pele, barriga e seus laços
São armadilhas e eu não sei o que faço
Aqui de palhaço seguindo seus passos
Garotos não resistem aos seus mistérios
Garotos nunca dizem não
Garotos como eu sempre tão espertos
Perto de uma mulher
São só garotos...




Obs.: Mais uma vez venho aqui deixar registrada uma letra que é legal e dedicar a minha amiga, fiel, cumplice, etc. Cá te adoro muitoooooooooooo...

Eu Te Amo

Eu Te Amo
Tom Jobim - Chico Buarque


Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Se, ao te conhecer, dei pra sonhar,
fiz tantosdesvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair

Não, acho que estás só fazendo de conta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Soneto do Amor total

Soneto do Amor total
Vinícius de Moraes

Amo-te tanto, meu amor...não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do
que pude.

domingo, 23 de setembro de 2007

Só de sacanagem

Só de sacanagem
Elisa Lucinda

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!

Hoje quero chorar


HOJE QUERO CHORAR
Eduardo Potiguar

Hoje quero chorar,
mas não posso.
Homem não chora,
dizia-se no passado,
mas então o que fazer
quando bater a insegurança?
o que fazer quando
nossos medos se libertam
e os caminhos são tantos,
mas não levam a nada?

Hoje eu vou parar,
parar pra chorar,
pra me restabelecer e
me levantar,
olhar a linha do horizonte
e avistar somente um caminho
mas antes disso quero chorar.
Dane-se quem dizia que o homem
não podia chorar!!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Belíssima


Belíssima
Vanessa Barum


Quando tudo fica triste e a felicidade já não basta,
Os inimigos ficam frios e a culpa é sua,
Se você sucumbe ao medo que vem atormentar teus sonhos,
Ainda resta o fogo humano contra a hipocrisia.
Quando todos te humilham e te empurram ao fracasso,
Desafia a agonia, acorda em ti o teu palhaço,
Se alegre como os inocentes, não se torne o decadente,
Nem procure no futuro o que está no teu presente,
Seu desejo é uma serpente, um anjo indecente,
Ao tocar na tua pele te transmite uma febre,
Que te joga contra o mundo até que você se assuma,
E repita pra si mesma.
Sou belíssima, sou belíssima,
E um grande amor me espera ao meu lado.
Sou belíssima, sou belíssima,
E um grande amor me espera ao meu lado.
Nunca é tarde nunca é cedo quando a angustia te corroe,
A cada passo você perde o centro e sente saudade,
O passado é bom e morre como um pranto que se come,
A cada um as aventuras são particulares,
A paixão só tem coragem se a vontade for valente,
E até provar o contrário é preciso estar contente,
E loucamente dizer sempre que foi por amor,
Foi belíssimo, foi belíssimo,
Meu grande amor sempre ao meu lado.
Foi belíssimo, foi belíssimo,
Meu grande amor sempre ao meu lado,
Sou belíssima, sou belíssima,
Meu grande amor sempre ao meu lado.

Obs.: Lê isso é pra você!!! Te adoro muito!!!