Cala a boca seu Idiota!!!
Wanderley Nunes
Esse blog foi criado com o intuito de colocar frases, poesias, letras de músicas, crônicas, etc., mas ultimamente meu amigo Eduardo Potiguar não está mais escrevendo poemas, os textos do Gabito Nunes tem forte apelo sexual e colocar letras de músicas fica meio cansativo, e eu estou vendo cada coisa acontecer na minha frente que fica impossível poetizar a vida diante de alguns idiotas que encontramos por aí. Enfim, hoje vai sobrar pra alguém. Kkk...
Imaginemos a seguinte cena: Um grupo de amigos, não tão próximos reunidos num bar e dois personagens entre eles se destacam, O Idiota e A Sensata.
O Idiota ao abrir a boca no primeiro segundo começa a expor todo o seu preconceito contido (espera aí, os tempos não são outros?) e começa a falar da sexualidade alheia, ele fala sem dar nomes aos bois, mas insiste, persisti e irrita com o mesmo tema o tempo inteiro, sempre contando vantagens, mostrando que é o “Fodão”. Ele percebe que uma jovem, A Sensata, está dentro dos tempos modernos, nesse momento O Idiota começa a irritar mais ainda e do ridículo passa a ser patético.
Aqui prá nós ele só começa a puxar o assunto para o lado da sexualidade alheia com um simples fato, expor todo o "tesão" recolhido e as fronhas que ele já teve vontade de morder nessa vida, então esse pobre infeliz, pega alguém para malhar, mesmo que indiretamente com uma única finalidade, espantar de dentro dele os seus desejos e medos. Ele não passa de um cara que morre de vontade de passear nos tempos modernos e experimentar o que seus pensamentos mais secretos gritam dentro dele.
A Sensata por sua vez, fica no seu canto, mantém sua educação e permanece na linha não demonstrando em nenhum momento o quanto O Idiota está sendo desagradável, e ele prosseguiu a noite inteira no mesmo tema, sempre condenando e massacrando com palavras as escolhas de uma pessoa que: NÃO DEVE NADA A NINGUÉM, NÃO TEM QUE DAR SATISFAÇÃO DA VIDA DELA A ELE, PAGA SUAS CONTAS E É INDEPENDENTE AO PONTO DE TOMAR SUAS DECISÕES E NÃO SE IMPORTAR COM AS OPINIÕES ALHEIAS.
Só que o assunto é tão irritante que A Sensata educadamente pede licença, sai da mesa vai até o bar pede uma caipirinha de saquê com frutas vermelhas, e de frente para o garçom desaba num choro de ódio de ter que aturar aquele verme. Ele conseguiu. Ele arrancou uma reação daquela menina que cresceu enfrentando o mundo, matando um leão por dia para driblar os preconceitos de pessoas medíocres como ele. A melhor parte desta cena foi que, O Idiota não presenciou essa cena, não a viu chorando. Enfim, se ele precisava ser o palhaço, o centro das atenções meio que provocando outra, ele pode até ter conseguido, porém ele só passou da situação de Idiota para imbecil, nada mais que isso.
Geralmente as pessoas se perguntam: Nossa, as meninas são tão bravas e os meninos tão escandalosos? Sabe qual é a resposta? Isso é uma forma de não ter que passar por esse tipo de situação.
Para a minha personagem de hoje, A Sensata, um recado: Tinha que ter descido a ladeira, com a lata d’água na cabeça, com as mãos na cintura, gritando e colocando ele no devido lugarzinho dele, claro que sem descer do salto.
Ao Idiota, dedico este último trecho de um dos vídeos do Felipe Neto – Preconceito: “... Você tem todo direito de achar o gay uma aberração, ninguém está tirando seu direito de ser um imbecil, você pode ser um imbecil à vontade, o que você não pode é tentar contaminar a sociedade com a sua imbecilidade, guarda a sua estupidez e imbecilidade pra você e torce pro mundo não dá voltas, porque esse gay que você considera uma aberração pode ser considerado o grande gênio de amanhã, você pode ter a crença que você quiser, mas se o seu Deus é o mesmo que joga os gays pra tortura por toda eternidade num reino de fogo, esse Deus não merece a sua fé, se o seu Deus faz isso, ele não é melhor que aquele tal de Diabo”.
“Nesse quarto escuro existe uma menina assustada, ela é sozinha e teme que o mundo encontre o seu cantinho. E pega ela pra cuidar, eu sei guardar segredo eu sei amar, não conto pra ninguém que essa menina é alguém...”