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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O Cachorro

O Cachorro
Por Wanderley Nunes


Ontem quando eu estava indo para a casa da minha prima, eu já estava no quarteirão dela quando de encontro a mim veio um cachorro enorme, parecia essas raças de corrida ou labradores, não, labrador não; ele era maior. Falei com ele como se fosse uma pessoa, ele me olhou e eu não segui, parei em frente a ele.
Nos olhos ele me pedia um carinho, passei a mão na sua cabeça e ele aceitou de uma forma que, parecia que eu era seu dono.
Continuei ali alisando aquele cachorro que, se me atacasse eu não estaria aqui escrevendo esse relato. Nos olhos dele tinha doçura e pedia carinho o tempo inteiro; logo em seguida veio uma conhecida, ele não deu a mínima pra ela.
Ele me acompanhou até a casa da minha prima, como se fosse um dever dele.
E lá em frente fiquei olhando pra ele e esperando minha prima abrir o portão, olhei para aquele cachorro, enorme no porte, mas doce nos olhos e na atitude, parecia querer brincar comigo.
Eu prevendo uma atitude dele e sabendo que se acontecesse ele me jogaria ao chão, sem a intenção de me machucar e sim para brincar, eu disse: "Moço, não vai pular em mim!".
Terminei de falar e ele continuava com aquele olhar doce e pedindo mais afagos, quando ele levantou e colocou as duas patas em mim ficando de pé, eu só disse não seu doido e olhei a minha roupa ele não tinha sujado.
Ele continuou ali me olhando e pedindo carinho, minha vontade foi pegar aquele grandão e levar pra casa, mas ele tinha que me acompanhar até lá e esperar a minha prima abrir o portão pra mim. Era o seu dever. Era ser o meu guardião.
Queria ver aquele cachorro grandão de novo.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

E se eu pudesse me visitar no passado

E se eu pudesse me visitar no passado

By Victor Ferreira

                        Foto do Arquivo Pessoal do Autor do Texto


Então eu poderia tê-lo dito um monte de coisas. Poderia dizer a combinação de um bilhete premiado (ainda que, se eu me conheço bem, meu ceticismo me impediria de aproveitar a dica), poderia tê-lo dito que o Papai Noel não existe (se bem que ainda não estou muito certo disso), poderia tê-lo aconselhado a aprender desde cedo a tocar um instrumento (o que me pouparia de perder muito tempo - e sem sucesso - anos mais tarde tentando), ou poderia avisá-lo sobre não construir preconceitos, (no futuro não existe mais espaço pra isso, e o Ele-adulto passará muito tempo tentado se corrigir).

Mas entre tudo que eu poderia dizer pra ele, se eu tivesse que escolher uma só coisa, eu teria dito: aproveite.

Aproveite sua juventude porque ela não dura pra sempre e com o tempo surgem às responsabilidades das quais nós não podemos nos esconder. Você pode ser um pirata hoje, mas amanhã (- isso é uma figura de linguagem) será um adulto. E um dia é melhor do que o outro, não se preocupe.

Aproveite as pessoas (e seus animais, até porque alguns deles são muito melhores do que a maioria dos seres-humanos que você vai conhecer), pois, infelizmente, elas não são eternas. E você só vai se dar conta de quanto elas fazem parte de você e do quanto você depende delas quando elas se forem.

E aproveite suas amizades, seus relacionamentos, as camaradagens e gentilezas. A vida é curta demais pra perder tempo brigando e no fundo mesmo todo mundo sai derrotado.

É isso, Vitinho, aproveite..