O Cachorro
Por Wanderley Nunes
Ontem quando eu estava indo para a casa da minha prima,
eu já estava no quarteirão dela quando de encontro a mim veio um cachorro
enorme, parecia essas raças de corrida ou labradores, não, labrador não; ele
era maior. Falei com ele como se fosse uma pessoa, ele me olhou e eu não segui,
parei em frente a ele.
Nos olhos ele me pedia um carinho, passei a mão na
sua cabeça e ele aceitou de uma forma que, parecia que eu era seu dono.
Continuei ali alisando aquele cachorro que, se me
atacasse eu não estaria aqui escrevendo esse relato. Nos olhos dele tinha
doçura e pedia carinho o tempo inteiro; logo em seguida veio uma conhecida, ele
não deu a mínima pra ela.
Ele me acompanhou até a casa da minha prima, como
se fosse um dever dele.
E lá em frente fiquei olhando pra ele e esperando
minha prima abrir o portão, olhei para aquele cachorro, enorme no porte, mas
doce nos olhos e na atitude, parecia querer brincar comigo.
Eu prevendo uma atitude dele e sabendo que se
acontecesse ele me jogaria ao chão, sem a intenção de me machucar e sim para
brincar, eu disse: "Moço, não vai pular em mim!".
Terminei de falar e ele continuava com aquele
olhar doce e pedindo mais afagos, quando ele levantou e colocou as duas patas
em mim ficando de pé, eu só disse não seu doido e olhei a minha roupa ele não
tinha sujado.
Ele continuou ali me olhando e pedindo carinho,
minha vontade foi pegar aquele grandão e levar pra casa, mas ele tinha que
me acompanhar até lá e esperar a minha prima abrir o portão pra mim. Era o seu
dever. Era ser o meu guardião.
Queria ver aquele cachorro grandão de novo.