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terça-feira, 28 de agosto de 2007

Não me deixes


Não me deixes
Ne me quitte pás (Jacques Brel)

Não me deixes.
É preciso esquecer, tudo pode se esquecer que já se escapa. Esquecer o tempo dos mal-entendidos e o tempo perdido, a saber como esquecer essas horas, que por vezes matavam a golpes de porquê o coração da felicidade.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,

Eu te oferecerei pérolas de chuva, vinda de países onde não chove.
Eu cavarei a terra até após a minha morte para cobrir o teu corpo de ouro e de luz.
Eu farei um domínio onde o amor será rei, onde o amor será lei, onde você será a rainha.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,

Eu te inventarei palavras insensatas que você compreenderá.
Eu te falarei destes amantes ali que viram duas vezes seus corações se abraçar.
Eu te contarei a história deste rei, morto de não haver podido te encontrar.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,

Viu-se freqüentemente o fogo do antigo vulcão, que acreditavam muito velho.
Parece que há Terras queimadas dando mais trigo que um melhor abril.
E quando vem a noite para que um céu pegando fogo, o vermelho e o negro não se casam.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,

Eu não vou mais chorar, eu não vou mais falar, eu me esconderei aqui, a te olhar, dançar e sorrir, e a te escutar, cantar e então sorrir.
Deixa-me tornar-me a sombra de tua sombra, a sombra de tua mão, a sombra do teu cão,

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.

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