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terça-feira, 28 de agosto de 2007

Um lugar chamado São Paulo


Um lugar chamado São Paulo
Um lugar chamado Notting Hill
Wanderley Nunes

Um filme que é comparado com a minha vida é “Um lugar chamado Notting Hill”. O romantismo, a indecisão e a imprevisão dos acontecimentos que cercam o filme, também me cercam.
A história vem com um romantismo no qual eu me identifico, os personagens principais (Will e Anna) vivem uma conturbada história de amor e cada um deles tem características que eu encontro em mim.
Will é romântico, apaixonado, tímido e com uma família maluca. Já Anna é insegura, apaixonada, indecisa e alegre.
Fazer uma comparação de vida com um filme é muito difícil, mas pra mim foi fácil.
Uma das primeiras cenas é o encontro da atriz famosa com o vendedor de livros; ao mesmo tempo em que eu sou comum, às vezes consigo chamar a atenção sem perceber. Eu vivo me machucando, esbarrando em móveis, tropeçando, etc, resumindo, sou desastrado. Will derrama suco na roupa de Anna. Procuro ter as rédeas da minha vida nas minhas mãos, mas o destino me prega peças, vem a indecisão do que fazer e a insegurança. Anna se apaixona por Will, mas não admite.
A personagem principal vive sempre na mira de repórteres. Eu mal posso dar um passo que é pouco provável que não vire boatos, sempre falam de mim, coisas boas e ruins, isso me incomodava. Por querer manter a minha vida em sigilo surgem aqueles “disse, que não me disse, que me disseram, que vão me dizer”. Muitas vezes eu tenho que medir e pensar muito antes de falar e agir sempre de forma exemplar, pois sempre terá uma critica. Numa das cenas, Anna induz Will a pular um muro e entrar numa propriedade particular, tudo pelo simples prazer de admirar o jardim. Eu às vezes tenho vontade de quebrar um pouco a rotina, ser um pouco irresponsável, mas quando tenho uma atitude dessas ninguém consegue acreditar que eu a fiz, as pessoas costumam ficar impressionadas até com um simples palavrão que eu solto sem querer. Mais ou menos quando Anna disse umas palavras a um grupo de homens que falavam dela, todos ficaram boquiabertos com a atitude da atriz.
A imprevisão dos acontecimentos, a bagunça e o ir e vir de Anna estão constantes em minha vida; a esperança, o amor e o sofrimento de Will também. Eu posso tentar fazer o que quiser, fugir de alguém, ou não querer amar tanto, mas o destino é quem manda.
Uma das últimas cenas é da entrevista coletiva com Anna, onde se passando por um repórter Will se declara e vencendo a sua timidez em meias palavras pede para que Anna fique com ele. Resumindo “Um lugar chamado Notting Hill” é comparado a minha vida por quase tudo, romance, insegurança, bagunça, esperança, imprevisão, amizades malucas, querer mandar nos sentimentos, não poder falar e agir da forma que quiser e o amor dos dois personagens. Poderia se chamar “Um lugar chamado São Paulo”.
Em uma brincadeira Anna faz uma previsão triste do seu futuro para daqui a dez anos, tudo para ganhar o prêmio (o último biscoito do prato), mas o destino é quem decide o futuro de cada um.

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