1º ATO
Eduardo Potiguar
As reações variam entre sorrisos
E rostos perplexos de espanto.
Diálogos não faltam
E monólogos também não.
Consegue ver o que se esconde
Por trás da maquiagem pesada usada
Nessa encenação?
Não me venha com esse choro imprudente,
Não me venha...
Desde ontem ao passar por aqui, percebo
Sua sombra a me seguir
E eu já não consigo dormir.
Não, não consigo,
O lexotan já não faz efeito.
Defeito ou o corpo já não é mais são?
Tudo em vão, pois amanhã será outro dia,
Eu já não serei mais este que aqui encena,
Eu já não serei mais eu.Eu, jamais!
E depois do primeiro ato, que saco!
Virão outros que ainda não ensaiei,
Outros que ainda nem planejei.
Outros que ainda não sei.
Virão!
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