Tarde de Outono
Por Wanderley Nunes
Caminho em direção ao meu destino, pelas ruas pessoas vão e vêm, pessoas tão distraídas e compenetradas nos seus próprios pensamentos, que andam como se tivessem ensaiado os passos, passos esses que os levam para um lugar, e consigo vão sentimentos, corações que batem descompassados, mas com seus passos ritmados, como numa cena que vi num filme, que não me lembro o nome, que passou nesta madrugada, os detetives andavam em direção a uma casa, seus passos eram juntos, firmes, assim são as pessoas da cidade, cada um seguindo seu destino.
Um pouco mais a frente vejo os carros enfileirados, dentro deles uma história de vida, dentro deles alguém carrega erros e acertos na vida. Dentro de cada carro eu teria uma inspiração, nesse exato momento lembro-me do livro que ainda não comecei a escrever, mas continuo contemplando aquela tarde de outono, esqueço um pouco do meu livro e vou.
Mais a frente ainda me vem aos olhos os telhados que são banhados pelo sol frio. Enfim vejo o sol frio que está começando a ir, dando licença pra noite chegar. Penso e sei que se continuar pensando nunca pararei de pensar, então coloco-me a visualizar uma tarde de outono, banhada por um sol frio numa metrópole, onde a paisagem é feita de pessoas, carros, ônibus, telhados, motoqueiros, ambulantes, etc. Mesmo assim ainda contemplo minha visão com essa tarde de outono em uma metrópole chamada São Paulo.
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