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sábado, 28 de abril de 2012

Limites de um palhaço


Limites de um palhaço
Por Wanderley Nunes


Ultimamente alguns programas de tevê estão duvidando da minha inteligência e capacidade de raciocínio.
Outro dia assistindo ao programa Agora É Tarde, vi um “humorista” descer ao fundo do poço para tentar arrancar risos da plateia e, foi literalmente excluído pela convidada por fazer mais uma piada infame.
Bom no meu post de hoje falarei dos limites de humor. E já emendo aqui e pergunto, antigamente era assim? Precisávamos agredir o outro para rir?
Paro e penso, num momento nostálgico lembro nos programas da minha época e, novamente me pergunto: Para fazer rir era necessário machucar o próximo?
Vamos à situação: o apresentador Danilo Gentilli leu uma notícia divulgada, aliás, o intuito deles é esse após a notícia fazer piada, ele leu a notícia de que os cachorros tendem a ficarem parecidos com os donos, comentários à parte, o “humorista” Leo Lins fala que o cachorro da Vera Fischer só fareja drogas. Na mesa estava a convidada da noite, a cantora Ângela Rô Rô que disse em seguida que farejar uma clinica de recuperação não era qualquer um, aproveitou o ensejo e disse que é ex-alcóolatra.
Ele ainda persistiu em continuar com a piada infame, mas a cantora em uma atitude educada abriu uma revista e começou a folheá-la sem dar atenção ao palhaço sem limites.
Este mesmo “humorista” Leo Lins faz inúmeras piadas sempre se referindo a Regina Casé como dragão, baranga, etc.
Eu já estive aqui defendendo o Rafinha Bastos, na piada que ele fez com a família Di Camargo, mas agora paro para analisar as situações. Qual a diferença de um para o outro?
O Rafinha declarou em uma entrevista para Marília Gabriela que, em uma piada sempre alguém não vai gostar.
 Isso é preciso?
Isso é necessário?
Para fazer rir é preciso machucar alguém, apontar problemas pelos quais uma pessoa passa, é preciso fazer chacota por a idade ter chegado e uma pessoa não ter mais o corpo de quando era mais nova?
Esse “humorista” Leo Lins é o escarro da piada, o desespero de tentar aparecer, porém encontrou alguém inteligente a sua frente que o calou apenas com uma atitude.
Vejo que nosso país está ficando pobre de humoristas, mas humoristas inteligentes.
Em contra parte vem um programa que sempre revela novos talentos e outros que já estão na estrada há muito tempo, e faz humor com inteligência, a fórmula tá aí. Humor com personagens fictícios e não com pessoas reais, situações reais.
Não sei até quando meu cérebro vai aceitar alguns programas.
E nem vou falar da débil mental que raspou a cabeça.

Um comentário:

Osman disse...

eu concordo, acho que o humor de hoje tá mais pra bullying do que pra piada. piada é para as pessoas rirem, não pra serem humilhadas. isso pra mim não é humor.