Limites
de um palhaço
Por
Wanderley Nunes
Ultimamente alguns programas de tevê
estão duvidando da minha inteligência e capacidade de raciocínio.
Outro
dia assistindo ao programa Agora É Tarde, vi um “humorista” descer ao fundo do
poço para tentar arrancar risos da plateia e, foi literalmente excluído pela
convidada por fazer mais uma piada infame.
Bom no
meu post de hoje falarei dos limites de humor. E já emendo aqui e pergunto,
antigamente era assim? Precisávamos agredir o outro para rir?
Paro e penso,
num momento nostálgico lembro nos programas da minha época e, novamente me
pergunto: Para fazer rir era necessário machucar o próximo?
Vamos à
situação: o apresentador Danilo Gentilli leu uma notícia divulgada, aliás, o intuito
deles é esse após a notícia fazer piada, ele leu a notícia de que os cachorros
tendem a ficarem parecidos com os donos, comentários à parte, o “humorista” Leo
Lins fala que o cachorro da Vera Fischer só fareja drogas. Na mesa estava a convidada
da noite, a cantora Ângela Rô Rô que disse em seguida que farejar uma clinica
de recuperação não era qualquer um, aproveitou o ensejo e disse que é ex-alcóolatra.
Ele
ainda persistiu em continuar com a piada infame, mas a cantora em uma atitude
educada abriu uma revista e começou a folheá-la sem dar atenção ao palhaço sem
limites.
Este
mesmo “humorista” Leo Lins faz inúmeras piadas sempre se referindo a Regina
Casé como dragão, baranga, etc.
Eu já
estive aqui defendendo o Rafinha Bastos, na piada que ele fez com a família Di
Camargo, mas agora paro para analisar as situações. Qual a diferença de um para
o outro?
O Rafinha
declarou em uma entrevista para Marília Gabriela que, em uma piada sempre
alguém não vai gostar.
Isso é preciso?
Isso é
necessário?
Para
fazer rir é preciso machucar alguém, apontar problemas pelos quais uma pessoa
passa, é preciso fazer chacota por a idade ter chegado e uma pessoa não ter
mais o corpo de quando era mais nova?
Esse “humorista”
Leo Lins é o escarro da piada, o desespero de tentar aparecer, porém encontrou
alguém inteligente a sua frente que o calou apenas com uma atitude.
Vejo que
nosso país está ficando pobre de humoristas, mas humoristas inteligentes.
Em
contra parte vem um programa que sempre revela novos talentos e outros que já
estão na estrada há muito tempo, e faz humor com inteligência, a fórmula tá aí.
Humor com personagens fictícios e não com pessoas reais, situações reais.
Não sei
até quando meu cérebro vai aceitar alguns programas.
E nem
vou falar da débil mental que raspou a cabeça.
Um comentário:
eu concordo, acho que o humor de hoje tá mais pra bullying do que pra piada. piada é para as pessoas rirem, não pra serem humilhadas. isso pra mim não é humor.
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